Defesa de Lula repete crítica de Aras à Lava-Jato: ‘caixa de segredos’
Expressão foi usada durante julgamento no STF sobre perícia no acordo de leniência firmado entre a Odebrecht e o MPF
A expressão “caixa de segredos”, usada pelo procurador-geral da República, Augusto Aras, para criticar a força-tarefa da Lava-Jato de Curitiba, já fez escola.
Durante julgamento na Segunda Turma do STF nesta terça-feira, o advogado do ex-presidente Lula repetiu as palavras do PGR para se referir aos arquivos mantidos pelos procuradores da Lava-Jato.
Os ministros analisavam um pedido da defesa do ex-presidente para a prorrogação do prazo para confecção de exame técnico referente ao acordo de leniência firmado entre a Odebrecht e o Ministério Público Federal.
“Estamos aqui discutindo, ao menos em parte, aquilo que recentemente o PGR chamou de ‘caixa de segredos’ existente em Curitiba, uma vez que estamos a falar de, pelo menos 81 terabytes, de documentos que são absolutamente desconhecidos e que dizem respeito à cadeia de custódia de provas que estão sendo utilizadas inclusive para acusar o reclamante à destinação do valor de 3,8 bilhões de reais”, disse Cristiano Zanin Martins, parafraseando Aras.