Defesa de ex-diretor da Petrobras ataca Sergio Moro
Defesa de Jorge Luiz Zelada afirma que juiz é parcial e caso deve ser transferido
A defesa do ex-diretor da Petrobras Jorge Luiz Zelada quer que o caso seja repassado para outra jurisprudência. Segundo os advogados, o juiz Sergio Moro age com parcialidade na Lava-Jato. E, por isso, não pode julgar Zelada.
“Ao sentenciar Eduardo Consentino da Cunha, Vossa Excelência, magistrado responsável pelos feitos conexos/decorrentes da operação “Lava Jato”, tornou-se suspeito, por explícito pre-jugalmento, para processar e sentenciar o excipiente”, escreveram eles, sobre a condenação do ex-deputado, que também é réu na ação. “Ao condenar o ex-parlamentar, Vossa Excelência antecipou juízo de mérito, individualmente, em face de Jorge Zelada”, afirmaram.
Os advogados querem agora que a ação seja transferida.
“Como o prejulgamento conduz à suspeição do magistrado, requer-se a Vossa Excelência a autuação da presente exceção, de modo a sobrestar o andamento da ação penal, inclusive o prazo defensivo para oferecimento de memoriais, até o julgamento final deste incidente, oportunidade em que se deve reconhecer a suspeição levantada, declinando ao juiz tabelar ou substituto o processamento e o julgamento do feito”, escreveram.
Trata-se, aliás, da mesma justificativa utilizada pelo empresário português Idalécio de Castro Rodrigues de Oliveira.