Decisão sobre 5G ‘não será somente técnica’, diz Braga Netto
‘Posso garantir que a discussão não será somente técnica. Entra o lado político’, afirmou o chefe da Casa Civil nesta terça
Chefe da Casa Civil, Walter Braga Netto participa nesta manhã de uma live com a presidente da Associação Comercial do Rio de Janeiro, Angela Costa.
Na conversa, ele foi perguntado sobre o processo de escolha do modelo de tecnologia 5G pelo governo. Um representante da entidade questionou se a decisão será “meramente técnica ou levará em conta aspectos geopolíticos”.
Lembrando que o tema é discutido em uma comissão formada pelos ministérios da Economia, o GSI, o Itamaraty e o Ministério da Ciência e Tecnologia e, claro, a Casa Civil, disse Braga Netto: “Já tivemos a primeira reunião sobre o 5G. Participam da reunião diversos ministérios. Posso garantir que a discussão não será somente técnica. Entra o lado político, a avaliação… Exatamente nesse pós-pandemia, isso não é um posicionamento nosso, é um posicionamento no mundo inteiro. O mundo inteiro está repensando essas parcerias e tudo mais. Não posso aprofundar muito esse assunto, mas eu garanto, já tem diretrizes do próprio presidente sobre o assunto, mas não é exclusivamente técnico”.
As redes 5G prometem velocidades 20 vezes maiores do que o modelo 4G e devem permitir que mais usuários trafeguem simultaneamente com qualidade.
No Brasil, o leilão para escolha da tecnologia a ser adotada acabou envolvido na guerra comercial entre China e Estados Unidos, que disputam o serviço.
A China promete investimentos bilionários ao Brasil, em troca da escolha do seu modelo. Já os Estados Unidos ameaçam retaliar os planos de Bolsonaro na OCDE e em outras frentes, caso o modelo norte-americano seja preterido.
Ao admitir que a decisão será política, o chefe da Casa Civil mostra que o Planalto está dedicado a analisar os dois lados da questão levando em consideração a nova realidade imposta pela pandemia.
Não há como prever o caminho do governo, mas todos sabem em que termos de fidelidade se dá a relação de Bolsonaro e Donald Trump. Além disso, Eduardo Bolsonaro e os irmãos Weintraub, que estão no governo, atacaram diretamente a China desde que a pandemia começou.
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