Damares se solidariza pelas 25 mortes no Jacarezinho
Bolsonaristas lamentam apenas morte de policial; presidente silencia
Um dia após o massacre que terminou com 25 mortos na favela do Jacarezinho, zona norte do Rio, o ministério de Damares Alves lamentou as vidas perdidas.
Em nota divulgada na página oficial da pasta da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares destoa em parte da narrativa bolsonarista e também da Polícia Civil do Rio, que diz que, à exceção do policial morto, todas as outras 24 vítimas eram traficantes.
O problema é que até agora, mais de 24 horas depois da ação, as autoridades foram incapazes de divulgar sequer um nome das mais de duas dezenas de pessoas mortas ontem.
Tanto Flávio quanto Carlos Bolsonaro publicaram em suas redes mensagens de condolências apenas à família do policial morto. O general Mourão se apressou a dizer que os mortos eram traficantes sem que qualquer perícia tenha sido feita no local das mortes. Bolsonaro segue em silêncio sobre o caso.
Na nota de Damares, a ministra reconhece a necessidade de se combater o crime organizado, mas diz entender também “que essas [ações] devem ocorrer de forma a proteger a vida de todos, especialmente a dos moradores, que são vítimas e reféns de atividades criminosas”.