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Damares ganha força para assumir lugar de Onyx na Cidadania

Ministro gaúcho desagradou a primeira-dama Michelle, após interferir em ações ligadas a ela na pasta, como o programa Criança Feliz

Por Robson Bonin Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 19 jun 2020, 09h52 - Publicado em 19 jun 2020, 06h02

A ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, pode mudar de gabinete na Esplanada num futuro não muito distante.

Damares é cotada para o lugar de Onyx Lorenzoni na Cidadania. A ala militar, que atua na causa, avalia que a ministra gosta de pegar no pesado, viaja o país defendendo as agendas sociais do governo e possui capacidade de articulação para potencializar agendas positivas na área mais sensível da Esplanada.

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Essa quantidade de elogios serve não só para elevar a ministra, mas para afundar o titular da Cidadania. Trabalho e articulação são coisas que os interlocutores palacianos não veem na gestão de Onyx. “Damares tem hoje poucos recursos no ministério, mas produz uma agenda mais visível do que Onyx, que está sentado num grande cargo, mas não sai de Brasília ou do Rio Grande do Sul”, diz um interlocutor do Planalto.

Para piorar a situação de Onyx no governo, a ala militar do Planalto ganhou nesta semana uma poderosa aliada. Michelle Bolsonaro está descontente com a gestão dos projetos ligados a ela na Cidadania. Sem qualquer aviso, Onyx demitiu nesta semana Ely Harasawa, que comandava o programa Criança Feliz.

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A medida incendiou as entidades privadas que apoiam o projeto. Michelle cobrou pessoalmente Onyx. No Planalto, a avaliação é de que Onyx, sem conseguir tocar assuntos prioritários como as irregularidades no pagamento do auxílio emergencial na pandemia, ainda vai mexer no que estava dando certo na pasta, no caso, os programas e ações vinculados à primeira-dama. “A semente para a queda do ministro foi plantada”, diz um interlocutor do Planalto.

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