O resultado da pesquisa Datafolha para o governo do Rio de Janeiro, com Anthony Garotinho e Marcelo Crivella empatados na liderança (ambos com 24% das intenções de voto), abre a seguinte questão: terão fôlego para se manter na ponta, com muito menos tempo de TV e estrutura de campanha que Luiz Fernando Pezão (14%) e Lindbergh Farias (12%)?
A história mostra que o sobrinho de Edir Macedo tem tido dificuldade em alcançar em outubro o patamar das pesquisas do meio do ano. Em 2008, no mesmo mês de julho, quando disputou a prefeitura do Rio, Crivella marcava os mesmos 24% das intenções de voto no Datafolha. Era seguido por Jandira Feghali (16%) Eduardo Paes (13%) e Fernando Gabeira (7%). Em outubro, Crivella despencou e a eleição polarizou entre Paes e Gabeira.
Em 2006, quando concorreu ao governo do Rio, Crivella marcava neste mesmo período do ano 20% das intenções de voto contra 41% de Sérgio Cabral e 9% de Denise Frossard. Acabou ficando de fora mais uma vez da briga pelo segundo turno.
A diferença agora, apontam os aliados de Crivella, é que a rejeição do representante da igreja Universal está muito menor. Em 2008, por exemplo, a sua rejeição em julho era de 31%. Hoje, segundo o Datafolha, o índice está em 16% – o menor entre os candidatos à sucessão de Sérgio Cabral.
Ou seja, tem muita água para rolar ainda na eleição fluminense.