CPI criará canal de denúncias para vítimas do ‘tratamento precoce’
Advogada de médicos da Prevent Senior revelou que profissionais eram obrigados a receitar coquetel de remédios sem eficácia
A CPI da Pandemia aprovou há pouco um requerimento do senador Alessandro Vieira para que seja criado um canal público de denúncias sobre eventuais vítimas de tratamentos não convencionais contra a Covid-19.
Nesta terça, a advogada Bruna Morato, que representa 12 médicos que atuaram em hospitais da Prevent Senior durante a pandemia, revelou que os funcionários eram obrigados a adotarem o chamado “tratamento precoce”, que era um coquetel de remédios sem eficácia comprovada contra a doença.
Há a suspeita de que, para além de não salvar pessoas infectadas com a Covid-19, o conjunto de medicamentos era usado em detrimento de outras terapias, o que poderia abreviar a vida dos pacientes submetidos ao suposto tratamento. A ideia é que o canal seja usado por parentes de pacientes ou os próprios pacientes que tenham sido prejudicados ou coagidos a tomarem medicamentos como a cloroquina, a azitromicina e a ivermectina.
O vice-presidente da CPI, Randolfe Rodrigues, pediu que à secretaria da CPI coloque no ar um canal de denúncias até o final desta semana.