Coronavírus suspende atos contra o golpe de 64, que serão virtuais
Manifestações serão virtuais e com fotos de desaparecidos políticos, flores e tecidos escuros nas janelas
Atos de rua programados por grupos de familiares de mortos, desaparecidos e perseguidos pela ditadura para lembrar o 31 de março de 64, quando se deu o golpe militar no país, foram suspensos.
A razão é a epidemia do coronavírus.
Um desses atos é a “Caminhadas do Silêncio”, que ocorrem todo ano em várias capitais.
Mas para a data não deixar de ser lembrada, o Movimento Vozes do Silêncio promove uma vigília pela democracia e pelas vítimas da ditadura e da violência do Estado.
Serão atos virtuais e com colocação de símbolos nas janelas, como fotos dos desaparecidos, flores, velas e tecidos escuros.
Nas redes sociais, serão usadas hashtags com as inscrições #lutonajanela, #56anosdogolpemilitar e #ditaduranuncamais.
Uma das organizadoras desses atos é a procuradora federal Eugênia Gonzaga, ex-presidente da Comissão de Mortos e Desaparecidos Políticos.