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Com 4 mil mortes diárias, país revive 2020 com atritos entre poderes

Há duas semanas, o país viu os chefes dos poderes da República anunciarem um pacto para focar na pandemia, mas o que virou Brasília hoje...

Por Robson Bonin Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 10 abr 2021, 00h44 - Publicado em 10 abr 2021, 00h36

Jair Bolsonaro ainda não andou a cavalo na frente de nenhuma manifestação negacionista na Praça dos Três Podere, em Brasília. Também não subiu na carroceria de algum carro para gritar aos seus na frente do Exército.

Mas lá está ele novamente em guerra com figuras do STF por decisões judiciais que desagradam sua base eleitoral ou ameaçam sua blindagem ilegal no Congresso.

Tudo isso depois de duas semanas do figurativo café de união dos poderes que seria um marco dos poderosos para esquecer intrigas e discussões menores na pandemia.

Alguém lembra do ministro da Saúde Marcelo Queiroga? Ele saiu desse famoso encontro prometendo fazer chover na pasta. Criou uma secretaria específica para “Combate à pandemia”, mas pouco ou quase nada efetivo ocorreu. A vacinação segue lenta e dependente do trabalho feito pelo Instituto Butantan em São Paulo.

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Bolsonaro atirou no ministro Luis Roberto Barroso por causa da decisão dele de mandar Rodrigo Pacheco, chefe do Senado, cumprir o regimento da Casa que preside. Há um ano, quando desfilava em protestos contra ministros do STF e contra o Parlamento então comandado por Davi Alcolumbre e Rodrigo Maia, ele fez a mesma coisa com Alexandre de Moraes. O colega de Barroso no STF havia vetado a nomeação do amigão do presidente, Alexandre Ramagem, para o comando da Polícia Federal.

Com o país mergulhado em mortes e no risco permanente de colapso no SUS, a tentativa de encerrar conflitos políticos em Brasília para unir o país numa estratégia de enfrentamento ao vírus não existe mais.

Bolsonaro ataca as medidas adotadas pelos governadores e prefeitos para conter o avanço do vírus que derruba brasileiros em número muito superior à capacidade hospitalar do país de tratar. Aliados do presidente que concordam com seu discurso contra o lockdown ocupam o tempo da Justiça com medidas para driblar a crise, fazendo com que o STF tenha de agir.

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Ninguém ignora que o pai da CPI nascida no Legislativo é justamente o atraso do governo Bolsonaro nos preparativos para ter vacina suficiente, estrutura hospitalar suficiente, comunicação satisfatória no Ministério da Saúde e voz de comando única no Planalto para vencer o vírus.

Como não fez sua parte e deu motivos, o presidente da República obrigou o colega do Senado a tentar ignorar seu dever de abrir CPIs sempre que elas atendam aos termos exigidos em regimento. O chefe do Senado tentou enrolar como fez Alcolumbre, mas a situação mudou — são, repita-se, mais de 4.000 mortes diárias no país.

Pacheco, para não desagradar Bolsonaro, fez com o STF, nesse caso da CPI, o que o presidente faz com os governadores na questão do isolamento. Deixou que as medidas duras fossem tomadas pelos adultos.

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