Chefe da Casa Civil, Ramos é cobrado por falta de estratégia no governo
Na visão de aliados de Bolsonaro, ministro deveria assumir o papel de estrategista e guiar o governo nas crises, o que não ocorre
Luiz Eduardo Ramos e Jair Bolsonaro têm uma relação de amizade de longa data. São motoqueiros e levam uma rotina de gargalhadas no Planalto. O presidente conta uma piada, qualquer piada, e o ministro da Casa Civil demonstra se divertir.
Ultimamente, no entanto, auxiliares palacianos notaram que o presidente anda mais impaciente com Ramos. Numa conversa no gabinete presidencial, dias antes da internação do presidente, o ministro ouviu uma forte cobrança do chefe.
LEIA TAMBÉM: Ramos tenta evitar convocação para CPI apontando para Elcio Franco
A falta de um articulador político no governo, que faça o papel de estrategista para além da política objetiva de cargos e verbas, tem deixado o presidente insatisfeito com o chefe da Casa Civil. Gente importante do Congresso e do Judiciário já ponderou com Bolsonaro sobre a incapacidade de Ramos nesse posto.
“O presidente já entendeu que precisa ter alguém que lidere o jogo. Por ora, o governo é reativo e está perdendo todos os lances por ausência de uma estratégia clara. Bolsonaro não é estrategista e sabe que precisa ter um”, diz um importante conselheiro do presidente.
Não quer dizer que Bolsonaro vá demitir Ramos, mas é bom o general ficar de olhos abertos.