Assine VEJA por R$2,00/semana
Imagem Blog

Radar Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO

Por Robson Bonin
Notas exclusivas sobre política, negócios e entretenimento. Com Gustavo Maia, Nicholas Shores e Ramiro Brites. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
Continua após publicidade

CGU vê desperdício de R$ 11,6 bi na Agência Nacional de Mineração

Relatório aponta “elevado grau de informalidade na execução das fiscalizações” do órgão.

Por Manoel Schlindwein Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 21 dez 2020, 11h11 - Publicado em 21 dez 2020, 10h32

A Controladoria Geral da União divulgou nesta terça-feira um relatório de avaliação das atividades da Agência Nacional de Mineração (ANM) onde aponta diversas irregularidades cometidas pelo órgão. O documento, focado na fiscalização e cobrança da CFEM (Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais), destaca “baixa formalização e padronização dos procedimentos de planejamento, execução, comunicação e registro dos resultados das fiscalizações, bem como falta de revisão e supervisão em todas as etapas dos trabalhos realizados”.

Na prática, diz a CGU, os “sistemas de informação são falhos e insuficientes para fomentar uma gestão eficiente e eficaz”, “os instrumentos de articulação interinstitucional da ANM para fiscalização da CFEM não alcançaram os resultados esperados” e, desta forma, “constataram-se indícios de arrecadação de CFEM a menor”.

A ANM é a responsável por gerir os recursos minerais do país. Cabe à ela regular e fiscalizar as atividades de exploração e cobrar das mineradoras a CFEM. Esse trabalho, na visão da CGU, é realizado “sem planejamento estruturado e com certo grau de improviso”.

Para se ter uma ideia do que a CGU aponta, dos “pouco mais de 96 mil CNPJs e CPFs cadastrados em diferentes tabelas da base de dados da Agência, 50 mil não foram localizados na base” da Receita Federal. Não à toa, a “falta de integração entre os sistemas utilizados pela ANM resulta em uma atuação ineficiente”, “há excesso de processos administrativos acumulados” e “uma análise de recurso chega a demorar dez anos para ser efetuada”.

Continua após a publicidade

A fiscalização nos Estados diminuiu significativamente, de 2.184 em 2014 para 173 em 2019. No ano passado, Estados como Acre, Mato Grosso do Sul, Roraima e Tocantins não tiveram qualquer tipo de fiscalização por agentes da ANM.

Nas palavras da CGU: “vê-se que sensação de impunidade e ausência de controle do Estado promove a banalização e naturalização de mecanismos que propiciam ou promovem a transgressão às leis, reforçadas pela ineficácia dos aparatos legais de controle e garantia da ordem”.

O diagnóstico leva a Controladoria a concluir, na página 61 do relatório, que “fazendo-se uma projeção do valor que deveria ser arrecadado caso as mineradoras realizassem o pagamento regular das suas obrigações (…) no exercício de 2019 deveria se ter uma arrecadação a maior entre R$ 5,8 bilhões à R$ 11,6 bilhões”.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.