Homem de confiança de Luiz Fernando Pezão,  Hudson Braga diz ter provas concretas das acusações que faz ao governador do Rio em sua proposta de delação.

Na lista entregue ao Ministério Público, o candidato a delator elenca planilhas, notas promissórias, fotos e conversas de celular para sustentar suas acusações.

Entre graves denúncias, Braga diz que Pezão recebia uma mesada de 100 000 reais por mês, que guardou 5 milhões de reais numa empresa chamada JRO Pavimentação e que, a pedido deste, comprou o apoio de Romário e outros partidos à candidatura em 2014.

O delator foi o coordenador desta campanha e diz que, ao contrário do que foi informado oficialmente, ela não custou 70 milhões de reais, mas sim, 300 milhões.

Não se entende, portanto, a preferência do Ministério Público pela delação de Carlos Miranda que, em relação a Pezão ao menos, é centrada apenas em depoimentos, o que juridicamente enfraquece uma denúncia contra o governador do Rio. Miranda era a “mula” de Cabral, um dos homens que carregavam as malas de dinheiro.

Braga exercia um outro papel: ele era o cérebro financeiro de Pezão, conhecendo a fundo suas “necessidades” e “malfeitos”.

Enquanto sua delação não for aceita, o caso contra o governador do Rio ficará incompleto.

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