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Bolsonaro demite ministro pelas redes; até Lula foi mais ‘nobre’

Osmar Terra deixa a pasta da Cidadania sem merecer nem mesmo o telefonema dado por Lula para comunicar saída a Cristovam Buarque, em 2004

Por Robson Bonin Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 14 fev 2020, 01h35 - Publicado em 13 fev 2020, 22h25

Jair Bolsonaro se elegeu surfando o antipetismo. Ninguém tirou tanto proveito político dos desvios de conduta de Lula e do PT quanto o capitão. No governo, porém, a realidade bolsonarista, em alguns casos simbólicos, vai se desdobrando como face oposta — da mesma moeda — ao período lulista, até mesmo na novela de partidas e chegadas que é o primeiro escalão do governo e suas intrigas. Não se fale aqui nas empregadas da Disney.

Nas primeiras semanas de 2004, como agora, Lula decidiu, a exemplo de Bolsonaro, demitir um de seus ministros mais importantes. Na mira do presidente, o então ministro da Educação, Cristovam Buarque, passava férias em Portugal. Era a manhã de 23 de janeiro, uma sexta-feira, e Cristovam estava sentado em uma mesa do Café A Brasileira, a metros da famosa estátua de Fernando Pessoa, em Lisboa, no charmoso Chiado, dando uma entrevista a um jornalista português sobre os desafios da educação brasileira.

A conversa foi interrompida pelo toque do celular. Cristovam pediu com educação para atender, não sem antes avisar ao interlocutor que era o presidente do outro lado da linha. O fotógrafo português registraria o telefonema que terminaria, de uma só vez, com aquela entrevista e a gestão de Cristovam no MEC.

A crueldade de Lula em demitir um ministro de Estado pelo telefone viraria um dos capítulos famosos da crônica política. Nada que Bolsonaro, o lado B dessa moeda, não conseguisse aperfeiçoar nesses nossos tempos de dólar alto.

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Na tarde desta quinta-feira, Osmar Terra cruzava o Rio Amazonas em uma agenda oficial do Ministério da Cidadania, visitando famílias atendidas pelo programa Criança Feliz, ação do governo de assistência à primeira infância. Seu celular, no bolso da calça, tinha bateria, mas não tocou trazendo notícias negativas do Planalto como no caso de Cristovam.

O ministro ficaria sabendo por um aplicativo, nove minutos depois de Bolsonaro postar em uma rede social, que já não era mais ministro da Cidadania. Nesses tempos modernos, Bolsonaro não julgou necessário telefonar ao auxiliar para comunicar sua demissão.

Pela rede, mandou o recado: “Agradeço ao Ministro Osmar Terra pelo trabalho e dedicação ao Brasil e que terá continuidade na Câmara dos Deputados”. O “M” de ministro, em caixa-alta, foi todo o respeito que expressou.

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