Contra queimadas, Bolsonaro autoriza emprego militar na Amazônia
Intenção é combater às queimadas na região
Acaba de ser publicado no Diário Oficial da União o decreto do presidente Jair Bolsonaro autorizando o emprego das Forças Armadas no combate às queimadas na Amazônia. O documento permite o uso de militares em áreas de fronteira, terras indígenas e unidades federais de conservação ambiental até o dia 24 de setembro.
O decreto, que autoriza a operação conhecida como Garantia da Lei e da Ordem (GLO), permite inicialmente a atuação das Forças Armadas no Estado de Roraima, mas a tendência é estendê-para todos os estados da Amazônia Legal. Bolsonaro já havia dito de manhã que o governo estudava acionar tropas do Exército para auxiliar no combate aos incêndios na região.
A primeira ação dos militares em Roraima será por meio do uso de dois aviões no lançamento de produtos para combater o fogo. As queimadas na região amazônica têm atraído críticas de líderes internacionais como o presidente da França, Emmanuel Macron, a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, e o primeiro-ministro britânico Boris Johnson. Os governos da França e da Irlanda ameaçam bloquear o acordo comercial entre a União Europeia e o Mercosul, firmado em junho, caso o Brasil não tome providências para proteger a floresta amazônica. O governo da Finlândia, que preside atualmente a União Europeia, cogitou boicotar a importação de carne brasileira.
Na noite de quinta-feira, 22, o governo publicou em edição extra do Diário Oficial da União despacho que determina que todos os ministros adotem “medidas necessárias para o levantamento e o combate a focos de incêndio na região da Amazônia Legal para a preservação e a defesa da Floresta Amazônica”.