Bolsonaro ataca o STF por interesse eleitoral, diz ministro
Até esta quinta, nenhum emissário do Planalto havia procurado Luiz Fux ou Luis Roberto Barroso para negociar um cessar-fogo
Até esta quinta, nenhum emissário do Planalto havia procurado Luiz Fux ou Luis Roberto Barroso para negociar um cessar-fogo nessa guerra entre Jair Bolsonaro e os ministros do STF e TSE.
Para ministros ouvidos pelo Radar, o presidente investe nessa radicalização para tentar reagrupar o pouco de popularidade que ainda encontra nos grupos mais extremistas da sociedade que defendem pautas autoritárias. “Bolsonaro quer o confronto para unir essa tropa dele nas eleições”, diz um ministro.
Barroso já disse em público que não consegue entender a obsessão presidencial. As urnas eletrônicas foram defendidas por todos os 15 ministros que presidiram o TSE e que se manifestaram contra o voto impresso. Também foi apoiada por todas as principais instituições da área jurídica e eleitoral, incluindo a Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), a Associação dos Juízes Federais (Ajufe) e pela Associação Nacional dos Membros do Ministério Público (Conamp).
O inquérito administrativo instaurado no TSE para apurar comportamento abusivo de Bolsonaro foi proposto pelo corregedor-geral Eleitoral. A notícia-crime contra Bolsonaro encaminhada ao inquérito das fake news foi aprovada pela unanimidade dos ministros do TSE. Também aqui não se entende bem a fixação de Bolsonaro por Barroso.