“Alma lavada”, diz Miranda sobre rescisão do contrato de compra da Covaxin
Ministério da Saúde publicou nesta sexta o termo de cancelamento unilateral do contrato com a empresa indicana Bharat Biotech
O deputado Luis Miranda (DEM-DF) comemorou a rescisão do contrato de compra da Covaxin pelo Ministério da Saúde, nesta sexta, e declarou estar de “alma lavada” com o desfecho.
O parlamentar e seu irmão, o servidor da Saúde Luis Ricardo Miranda, apontaram irregularidades nas negociações do imunizante entre o governo e a farmacêutica indiana Bharat Biotech, intermediadas pela Precisa Medicamentos.
“Sabíamos que enfrentaríamos uma guerra por apontar as irregularidades que o governo, agora, reconhece. Fomos ameaçados e perseguidos. Meu irmão foi coagido e eu passei a enfrentar um processo na Comissão de Ética. Agora, com o cancelamento do contrato, estamos de alma lavada. Fizemos o certo e eu faria tudo novamente”, publicou em seu Twitter.
Miranda ainda cutucou o senador Randolfe Rodrigues (AP-Rede), que também comemorou a rescisão do contrato e atribuiu à CPI da Covid o impedimento de “um golpe de mais de um bilhão de reais ao povo brasileiro”.
“Graças só a CPI? Já esqueceram dos irmãos Miranda?”, publicou o deputado, que logo em seguida recebeu um afago de Randolfe.
“Tens razão, deputado! Reitero sempre na CPI mas faço questão de dizer de novo: tanto o senhor como seu irmão, que é servidor público e mostrou a importância da estabilidade desses servidores, nos fizeram chegar até aqui”, publicou o senador.
Quase um mês depois de anunciar o cancelamento da compra de 20 milhões de doses da vacina indiana Covaxin, após suspeitas de irregularidades na negociação terem sido reveladas pela CPI da Pandemia, o Ministério da Saúde publicou nesta sexta o termo de rescisão unilateral do contrato com a empresa Bharat Biotech, da Índia.
Em julho, a fabricante da vacina já havia encerrado o contrato com a Precisa Medicamentos, que foi a intermediária na comercialização do imunizante com o governo brasileiro.