Um dos alvos da operação da Polícia Federal nesta quarta, o advogado de Lula, Cristiano Zanin, postou nas suas redes ser alvo de retaliação por sua atuação contra a Lava-Jato.

“Era óbvio que a Lava Jato iria promover alguma retaliação contra mim, afinal, nos últimos anos atuei incessantemente para desmascarar seus abusos. A invasão da minha casa e do meu escritório será por mim denunciada em todos os foros para que os responsáveis sejam punidos”, escreveu Zanin.

O advogado diz ainda que o caso se tratou de uma guerra jurídica entre duas entidades privadas – a Fecomércio do Rio e  Confederação Nacional do Comércio (CNC).

“Temos 12.474 horas de atuação, cerca de 1.400 petições e 77 profissionais envolvidos apenas no nosso escritório, tudo lançado em sistema auditado”.

Zanin questiona o “timing” dessa operação.

“No último dia 31/08 o STJ mandou o Ministro da Justiça (André Mendonça) falar em 5 dias sobre as cooperações internacionais da Lava Jato com os Estados Unidos – onde alguns juízes e promotores brasileiros fizeram ‘cursos’. O prazo venceu ontem e a decisão não foi cumprida”, diz Zanin. 

E voltou a tratar a ação como uma retaliação a seu trabalho.

“Nesta semana, após quase 3 anos de batalha judicial, deveríamos começar a fazer o exame do material proveniente do acordo de leniência da Odebrecht, que foi guardado até agora com muito sigilo pela Lava Jato. Dá para imaginar por que a Lava Jato invadiu nosso escritório e pegou nosso material?”

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