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Política

A estratégia de Bolsonaro para se livrar do caso Covaxin: culpar Pazuello

No Planalto, circula a versão de que o presidente procurou o então ministro da Saúde depois de ter sido alertado pelo deputado Luis Miranda e seu irmão

Por Gustavo Maia SEGUIR SEGUINDO Atualizado em 25 jun 2021, 11h31 - Publicado em 25 jun 2021, 08h10

NA BRONCA - Bolsonaro, que se irritou com Pazuello: “Se não se retratar, sai” - — O presidente Jair Bolsonaro e o então ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, no ano passado (Evaristo Sa/AFP)

Jair Bolsonaro já definiu a estratégia para se desvincular da acusação de que acobertou corrupção na compra da vacina indiana.

Dirá que, depois de ter sido alertado pelo deputado federal Luis Miranda e seu irmão, no dia 20 de março, acionou Eduardo Pazuello — e não a PF, como teria prometido ao aliado no Palácio da Alvorada, no dia 20 de março.

A versão será que o então ministro da Saúde garantiu ao presidente que estava “tudo resolvido”, com a retificação do documento de compra do imunizante.

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Na ocasião, Pazuello já estava demissionário. Bolsonaro anunciou dias antes a chegada do atual ministro, Marcelo Queiroga, que aguardava sua nomeação.

Hoje secretário de Estudos Estratégicos no Palácio do Planalto, Pazuello participou das reuniões do governo na quarta-feira, quando estourou a crise de Miranda. Antes de sair para ir ao médico, comentou que lembrava do contato de Bolsonaro em março.