Vale e Banco Inter se destacam na bolsa, mas Ibovespa não sai do lugar
VEJA Mercado: índice tem dificuldade em subir mesmo diante de boa maré internacional
VEJA Mercado | Fechamento | 7 de outubro.
Parece replay, mas a bolsa, novamente, não saiu do lugar. Os ambientes interno e externo bem que tentaram ajudar a performance do índice durante o dia, que subia perto de 1% até o final da tarde, quando perdeu força e fechou estável, a 110.585 pontos. Lá fora, a sinalização de que o presidente russo, Vladimir Putin, vai aumentar a oferta de gás para a Europa ajudou a acalmar os ânimos no campo da crise energética. Nos EUA, o provável acordo entre democratas e republicanos para estender o teto da dívida do país até dezembro repercutiu bem nas bolsas. No Brasil, os investidores ainda aguardam avanços na agenda do governo, como a PEC dos precatórios e as reformas estruturantes.
A Vale foi o destaque do dia. Após subirem 2,8% no último pregão, os papéis da mineradora fecharam o dia em alta de 3,41%, mesmo com a revisão para baixo do BTG Pactual para a cotação do minério para os próximos meses, que passou de 100 dólares para 90 dólares a tonelada. Segundo os analistas, a Vale negocia múltiplos baratos e tem um fluxo de caixa positivo na casa dos 14%, o que deixa o papel atrativo. “O mercado vê a Vale muito descontada, mesmo com a volatilidade do minério na China. O fluxo de caixa permanece elevado, isso precisa ser levado em conta. Vemos com bons olhos para as próximas semanas, após um grande recuo nos últimos meses”, diz Gianlucca Montuori, sócio e especialista em renda variável da Acqua Vero.
Outro destaque positivo foi o Banco Inter. Após sucessivos pregões no vermelho, as ações da companhia fecharam em expressiva alta de 11,8%, a maior do dia na bolsa. Os analistas gostaram do fato relevante que esclareceu como vai funcionar a reorganização societária da empresa, com obrigação de listagem no Nasdaq, nos EUA, e manutenção das negociações na B3, via BDR. As ações dos grandes bancos, por outro lado, fecharam em queda. Bradesco e Itaú recuaram 2,5% e 2,1%, respectivamente, e ajudaram a puxar o índice para baixo. O maior baixa foi a da CVC, que voltou a cair quase 5%, o que ainda pode ter relação com os ataques hackers que fizeram as empresas evitarem os e-mails da companhia. Embora as aéreas também tenham recuado no dia, não ultrapassaram a barreira de 2%.