Temor por interferência nos preços da Petrobras faz bolsa ficar volátil
VEJA Mercado: Ibovespa caiu após a Petrobras anunciar coletiva e voltou a subir após empresa descartar mudança na política de preços
VEJA Mercado | Fechamento | 27 de setembro.
As bolsas pelo mundo andaram de lado nesta segunda-feira de ressaca. Entre leves altas e pequenas baixas, o Ibovespa encerrou o dia no azul, subindo 0,27%, a 113.583 pontos. Embora a calmaria tenha reinado durante boa parte do pregão, os olhos se voltaram para a Petrobras na parte da tarde. O índice perdeu quase mil pontos quando a companhia anunciou uma coletiva de imprensa para às 16h30 sobre o preço dos combustíveis. Contudo, a empresa sinalizou que a atual política será mantida, e o Ibovespa recuperou o que havia perdido. O petróleo tipo Brent fechou em alta 1,84%, a 79,53 dólares por barril, o valor mais alto desde outubro de 2018. As ações da Petrobras subiram 0,89% no dia.
Destaque positivo para o setor de bancos. Santander, Bradesco e Itaú fecharam em altas de 3,78%, 3,65% e 2,61%, respectivamente. “É um movimento global de empresas de tecnologia mais fracas e bancos um pouco mais fortes. As empresas de tecnologia mais alavancadas acabam sofrendo um pouco com a alta de juros e, como já se iniciou uma conversa de juros mais altos nos EUA, houve essa precificação nas bolsas hoje”, avalia Ubirajara Silva, gestor da Galapagos Capital. Méliuz e Locaweb fecharam em quedas de 5,18% e 3,04%, respectivamente.
Os frigoríficos tiveram mais um pregão de avanços. Marfrig e BRF subiram 7,15% e 7%, respectivamente. Os bancos estrangeiros, como o Morgan Stanley, preveem um novo superciclo da carne para os próximos meses, sobretudo na China e nos Estados Unidos. Importante lembrar que, como exportadoras, essas empresas também se beneficiam de um dólar alto. A moeda americana fechou em alta de 0,66%, a 5,38 reais.