Shoppings já se preparam para terceira onda e sugerem rodízio de lockdown
Mal reabriram as portas e os shoppings já se preocupam em terem que fechar de novo, mesmo com vacinação
Os shopping centers mal reabriram as portas e já estão pensando em como se preparar para uma terceira onda da Covid-19. Depois de dois lockdowns, a Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce) começa a tentar convencer políticos e governantes a adotarem sistemas de rodízio de lockdown entre setores caso venha um novo período de contaminação elevada. O presidente da associação, Glauco Humai, diz que a preocupação existe porque, mesmo com vacina, outros países começam a viver terceira onda. “Assim que os casos aumentam, os shoppings são os primeiros a serem proibidos de funcionar enquanto outros setores permanecem abertos”, reclama Humai. “Os governos tomam as medidas de restrição com a intenção de reduzir a circulação de pessoas nas cidades, mas isso poderia ser equilibrado com o fechamento alternado de setores como construção civil, templos, call centers, lavanderias”.
Humai diz que o setor está muito combalido por conta das restrições e que a ajuda do governo não está chegando. “Nós começamos a ver a nova onda em dezembro. Já estamos quase em maio e nenhum programa de auxílio às empresas foi aprovado”.
Dos 601 shoppings do Brasil, 600 reabriram as portas total ou parcialmente com as cidades retomando as atividades após quase dois meses de restrições por conta da pandemia. A Abrasce registra, neste momento, que apenas o shopping que fica na cidade de Barbacena, em Minas Gerais, permanece 100% fechado por conta de decreto municipal.