Veja Mercado

Radar Econômico SEGUIR SEGUINDO

Por Pedro Gil (interino) Análises e bastidores exclusivos sobre o mundo dos negócios e das finanças. Com Diego Gimenes e Felipe Erlich

Continua após publicidade

Economia

Se esperar por fim das eleições, Câmara ficará 2 meses sem votar projetos

Enquanto isso temas importantíssimos, como o orçamento, ficam apenas na imaginação do governo

Por Machado da Costa SEGUIR SEGUINDO 13 nov 2020, 18h06

PAUTA COMUM - O ministro Paulo Guedes e o deputado Rodrigo Maia: afinados na defesa do ajuste das contas públicas, da reforma da Previdência e das privatizações — O ministro Paulo Guedes e o deputado Rodrigo Maia (Jorge William/Agência O Globo)

Se o governo federal e a Câmara dos Deputados forem esperar pelo fim das eleições municipais para voltarem a conversar e fazerem andar os projetos prioritários do país, a Casa completará dois meses sem votar sequer um único projeto de lei. A última vez que algo foi aprovado foi em 29 de setembro, quando a Medida Provisória 976, que disponibilizou crédito extraordinário de 4,5 bilhões de reais ao Ministério da Saúde para ações de combate à pandemia de Covid-19. A única votação no período foi feita para derrubar o veto das desonerações das folhas de pagamentos de 17 setores — o que piorou as condições fiscais para o próximo ano.

Enquanto isso, a Comissão de Orçamento ainda não foi instalada e o quanto será gasto no próximo ano continua só na imaginação do governo. Já está na conta do governo que 2021 começará sem ter um orçamento definido. Será tentado aprovar a Lei de Diretrizes Orçamentárias, uma etapa preliminar na definição do orçamento, mas que poderá evitar um shutdown de áreas prioritárias.

Uma fonte próxima à articulação entre governo federal e Câmara contou ao Radar Econômico que não há previsão de votação de temas importantes até o fim do ano. As reformas, como a administrativa e a tributária, ficarão apenas nas declarações de Rodrigo Maia e Paulo Guedes. E projetos importantes como a BR do Mar ou a autonomia do Banco Central também vão encalhar.

+ Siga o Radar Econômico no Twitter