Rodrigo Pacheco garante eleições e repudia fala de Bolsonaro
Presidente vem questionando o processo eleitoral; os ruídos políticos mexem nos mercados financeiros
Há dois dias, o presidente Jair Bolsonaro vem dizendo a seus apoiadores que as eleições no próximo ano podem não acontecer se não tiver voto auditável e ainda chamou o presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Luís Roberto Barroso, de imbecil. Foi o suficiente para que o presidente do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), entendesse que precisava fazer um pronunciamento para repudiar qualquer tipo de frustração de eleições. “Frustração de eleições é algo com que o Congresso não concorda e repudia”. Pacheco diz que esta não é uma vontade que depende dos presidentes do Senado, da Câmara, do Congresso, do TSE ou do presidente da República. Isso é a determinação da Constituição. “Que impõe eleições como a expressão mais pura da soberania”, disse Pacheco reforçando que é inegociável e ainda dizendo que qualquer um que pretender qualquer retrocesso será apontado pelo povo e pela história como inimigo da nação e alguém privado de patriotismo.
Sobre o voto impresso, ele disse que esta será uma decisão do Congresso, que é quem de direito avalia se deve ou não mudar a forma eleitoral vigente, e que todos terão que respeitar. O feriado no mercado financeiro em São Paulo pode ter vindo em boa hora para os investidores, dado o tom crescente de ruído entre as instituições no fim desta semana. Agora é aguardar se os ânimos se acalmam durante o fim de semana. Os ruídos políticos, especialmente com a CPI no encalço de Bolsonaro, ajudaram na escalada do dólar durante toda a semana.