Ricardo Barros é o nome mais citado por Bolsonaro em evento da Eletrobras
Barros teve o nome envolvido no caso da compra da vacina Covaxin
O nome mais citado na cerimônia alusiva à sanção da lei que permite a privatização da Eletrobras na tarde desta terça-feira, 13, foi disparado o do líder do governo na Câmara dos Deputados, Ricardo Barros (PP-PR). O presidente Jair Bolsonaro citou o nome do deputado cinco vezes em um discurso que durou menos de 15 minutos. Bolsonaro o citou para cumprimentá-lo pelo trabalho para aprovação da privatização da Eletrobras no Congresso, para contar que esteve durante muito tempo no PP do Ricardo Barros quando ele mesmo Bolsonaro era deputado e duas vezes para contar sobre os investimentos feitos durante o governo Bolsonaro em Itaipu. Ainda no final, o citou mais uma vez para falar do trabalho para aprovar a próxima privatização, a dos Correios. O líder do governo no Senado, senador Fernando Bezerra (MDB), também foi citado, mas sem tanta deferência.
Tamanho prestígio chama a atenção já que Ricardo Barros teria sido apontado por Bolsonaro como o dono das encrencas no Ministério da Saúde, segundo o deputado Luís Miranda, que fez as denúncias de suspeitas sobre a compra da vacina indiana Covaxin na CPI da Covid. Desde então, Barros também é apontado como sendo padrinho político de Ricardo Dias, ex-diretor de logística do ministério que foi demitido depois de acusações de que teria cobrado propina para compra de vacinas. Barros chegou a ter o cargo de líder ameaçado, mas Bolsonaro o manteve.