Ômicron faz todas as ações do Ibovespa caírem e dólar subir
VEJA Mercado: investidores entram em pânico diante de nova cepa descoberta na África
VEJA Mercado | Fechamento | 26 de novembro.
Das 84 companhias que compõem o Ibovespa, principal índice da bolsa, nenhuma fechou em alta nesta sexta-feira, 26. O caos reinou e os mercados negociaram nervosos mundo afora em reação à nova variante do coronavírus, batizada de Ômicron, que foi descoberta na África. A variante possui 32 mutações e pode ser resistente a vacinas. A notícia vem em meio a uma nova onda da doença na Europa, que mesmo com os altos índices de vacinação tem observado países como a Áustria decretarem novos lockdown para frear o contágio pelo vírus. No Brasil, a bolsa afundou 3,39%, a 102.224 pontos, e zerou todos os ganhos da semana. Na Europa, o estrago foi ainda pior, e índices como os de Paris e Milão derreteram 4,75% e 4,60%, respectivamente.
As empresas aéreas, em alta no pregão de quinta-feira, devolveram o lucro e registraram as maiores quedas do dia, afinal, qualquer tipo de agravamento da pandemia atinge em cheio esse setor. Azul, Gol e CVC fecharam em quedas de 13,78%, 11,17% e 10,95%, respectivamente. “A gente já estava desconfiado das três altas consecutivas, foi atípico, o índice continua em canal de baixa e só observou um repique nos últimos dias”, avalia Vitor Carettoni, diretor da mesa de renda variável da Lifetime. “O mercado internacional negocia a patamares muito elevados, a maior parte dos índices estava nas máximas históricas até outro dia. É muito mais fácil, e natural, uma queda mais acentuada diante de uma possível reversão da pandemia”, pontua. O dólar, diante dos riscos, voltou a subir. A moeda americana fechou em alta de 0,55%, a 5,595 reais.