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O relato da White Martins sobre a crise de oxigênio em Manaus

Demanda por gás hospitalar supera em três vezes capacidade de produção da empresa

Por Machado da Costa Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 14 jan 2021, 21h48 - Publicado em 14 jan 2021, 17h07

A White Martins é uma das maiores fornecedoras de oxigênio hospitalar no Brasil. A companhia possui uma planta de produção em Manaus (AM), onde falta o insumo neste exato momento, o que gerou uma situação de guerra na capital amazonense. A companhia relatou a crise ao Radar Econômico.

Segundo a White Martins, a demanda por oxigênio hospitalar aumentou em cinco vezes nos últimos 15 dias, alcançando um volume três vezes maior do que a capacidade de fornecimento da empresa. A saída foi tentar importar por vias fluviais e aéreas oxigênio de outros lugares. Contou para isso até com a ajuda da FAB, mas não foi suficiente. A saída para a crise, contudo, pode estar na importação de oxigênio da Venezuela.

Leia abaixo o relato da White Martins:

Em virtude da escalada sem precedentes da pandemia de COVID-19 no estado do Amazonas e da situação de calamidade pública em Manaus, a White Martins tem mobilizado todos os esforços para suprir a demanda exponencial de oxigênio, que já aumentou cinco vezes nos últimos 15 dias, alcançando um volume de 70 mil metros cúbicos por dia. Esse consumo equivale a quase o triplo da capacidade nominal de produção da unidade local da White Martins em Manaus (25 mil m3/dia) e segue crescendo fora de controle e qualquer previsibilidade. Para se ter uma ideia, durante a primeira onda da pandemia, entre abril e maio de 2020, o consumo alcançou um pico de volume de 30 mil metros cúbicos por dia. Anteriormente à pandemia, esta planta operava com 50% de sua capacidade e isso era suficiente para atender todos os clientes dos segmentos medicinal e industrial que somavam um consumo na ordem de 10 a 15 mil m3 por dia. 

No cenário atual de crise sem precedentes, a White Martins conseguiu recentemente ampliar até o limite máximo a capacidade de produção da planta de Manaus – de 25 para 28 mil metros cúbicos por dia – e direcionou toda a produção de oxigênio da unidade para o segmento medicinal. A unidade da White Martins em Manaus já havia passado ao longo de 2020 por processos de ampliação que permitiram à empresa aumentar significativamente sua capacidade de produção local. Uma das iniciativas com esse objetivo foi a instalação de um compressor de ar adicional na operação com capacidade nominal de produção de 700 m3 por hora e que permitiu obter um incremento no volume de 1800 m3 por dia. Naquele momento, a empresa também aumentou a estocagem de oxigênio líquido em cerca de 30% para garantir ainda mais confiabilidade no fornecimento do produto. 

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Por se tratar de uma pandemia global e que afeta todo o país, o cenário logístico na região – que por si só já é extremamente desafiador por não contar com acesso terrestre – fica ainda mais complexo. Por isso, a empresa vem implementando uma grande operação por vias fluvial e aérea, em cooperação com as autoridades governamentais e as forças armadas, para trazer oxigênio de fábricas localizadas em outros estados. Logo no início de janeiro de 2021, a companhia deslocou para esta operação 23 carretas criogênicas e 4 isotanques de 7 estados diferentes, que permitiram o incremento do volume médio de 22 mil metros cúbicos por dia. A companhia também já viabilizou o envio de 500 cilindros com suporte da FAB, o que representou um acréscimo de volume de 5.000 metros cúbicos. A empresa reforçou ainda o monitoramento do consumo dos hospitais da região e otimizou ao máximo as rotas de entrega para abastecimento dos tanques que armazenam o produto. Além disso, já colocou à disposição das autoridades o envio de 32 tanques criogênicos móveis que neste momento estão em São Paulo e aguardando nova mobilização para serem transportados para Manaus.

A White Martins já identificou a disponibilidade de oxigênio em suas operações na Venezuela e neste momento está atuando para viabilizar a importação do produto para a região.

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