Magazine Luiza paga o pato do tombo das vendas do varejo
VEJA Mercado: companhia derrete quase 10% na bolsa após números ruins, enquanto outros pares negociam estáveis
O IBGE reportou que as vendas do varejo recuaram 0,1% em outubro ante o mês de setembro, contra uma expectativa do mercado de alta de 0,6%. A estagnação no setor preocupa os investidores e indica uma desaceleração da economia brasileira, mas não foram todas as varejistas que sentiram esses efeitos no pregão desta quarta-feira, 8. Enquanto Americanas e Via negociaram dentro da estabilidade, as ações de Magazine Luiza derreteram 10,7%.
Os analistas afirmam que a companhia possui múltiplos maiores em relação às concorrentes, ou seja, por ser uma empresa maior, ela sente mais os efeitos de um cenário negativo, e também enxergam um volume expressivo de negociações, cerca de 1,5 bilhão de reais, o que indica que grandes investidores se desfizeram de uma posição significativa da companhia. “Magalu sempre foi uma empresa de ponta e com execução primorosa do e-commerce no Brasil, e sempre negociou com múltiplos maiores na comparação com Via e Americanas. O preço sobre valor patrimonial, por exemplo, é cerca de 2,5 vezes maior do que os outros pares. Isso ajuda a explicar a queda expressiva diante do cenário de correção do setor”, avalia Waldir Morgado, sócio da Nexgen Capital.