Investidores têm dia de suspiro após início de semana agitado nas bolsas
VEJA Mercado: em dia de alívio, bolsas de valores se recuperam; especialistas indicam cautela, no entanto
VEJA Mercado fechamento, 20 de julho.
Os investidores do mercado financeiro têm motivos para respirarem aliviados. Nesta terça-feira, 20, o clima de pessimismo que pairou sobre as bolsas de valores mundo afora se retraiu. No Brasil, o Ibovespa se recuperou da oscilação negativa vista na última segunda-feira, com alta de 0,81%, a 125.401 pontos. As principais bolsas americanas também navegaram ondas mais favoráveis. Nos Estados Unidos, a Nasdaq avançou 1,57%, enquanto a S&P 500 subiu 1,52%, e o Dow Jones 1,62%. O dólar registrou queda de 0,37%, terminando o dia cotado a 5,231 reais.
Para Roberto Attuch, CEO da plataforma de análises Ohmresearch, a volatilidade pode voltar ao radar dos investidores nos próximos dias. “A preocupação do mercado agora é com a desaceleração do crescimento. O mercado mais líquido e eficiente do mundo, que é os Estados Unidos, é que está nos dizendo isso. Por lá, o rendimento dos juros de 10 anos caiu de 1,77% e bateu mínima de 1,13% hoje”, diz ele. “O mercado está preocupado que o plano de infraestrutura do Biden possa não sair do papel, ao menos em sua totalidade. Com isso, pode ter menos estímulo fiscal no ano que vem”, complementa.
No âmbito corporativo, a maior alta do dia foi da JBS (+6,69%). A empresa recebeu indicação de compra do Bank of America por sua menor exposição à peste suína que castiga o mercado chinês, enquanto suas concorrentes (BRF, Marfrig e Minerva) receberam apenas recomendação “neutra”. A fabricante de aviões Embraer obteve o segundo melhor desempenho do pregão, com avanço de de 5,9%, enquanto os papéis preferencias da Lojas Americanas (+5,44%) recuperaram parte das perdas de ontem com a terceira maior alta do dia. Do outro lado da tabela, as companhias de saúde Hapvida (-3,02%) e NotreDame Intermédica (-2,36%) lideraram as perdas. A construtora MRV, por sua vez, declinou 1,99%.