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Economia, Política

Governo teme que novo auxílio emergencial seja desfigurado no Congresso

Ao enviar texto ao Parlamento, proposta deve sair do controle do Ministério da Economia

Por Machado da Costa SEGUIR SEGUINDO Atualizado em 5 mar 2021, 09h55 - Publicado em 11 fev 2021, 08h55

FIM - Auxílio emergencial: missão cumprida, mas sem chance de extensão - — Fila em agência da Caixa para receber parcela do auxílio, em 2020 / (Andre Coelho/Getty Images)

Um dos motivos que estão levando a mais estudos da equipe econômica para enviar uma proposta de renovação do novo Auxílio Emergencial é a tentativa de se evitar o que aconteceu em 2020, quando o valor do benefício proposto triplicou de tamanho e abarcou mais do que o dobro de pessoas que se imaginava no início. O Ministério da Economia deseja que sejam apenas 200 reais neste novo ciclo de pagamentos e para menos pessoas. Seria um Bolsa Família anabolizado, com custo de menos de 6 bilhões de reais por mês — o orçamento do Bolsa Família deve ficar próximo de 35 bilhões de reais este ano, pouco menos de 3 bilhões de reais por mês.

No Palácio do Planalto, há quem diga que evitar isso é função da articulação política do governo e que não adiantará tentar qualquer amarra. Partidos de centro e de oposição desejam que o auxílio volte para o patamar de 600 reais. Os presidentes da Câmara e do Senado, Arthur Lira (PP-AL) e Rodrigo Pacheco (DEM-MG), pressionados, também desejam valor maior do que 200 reais. Assim, a equipe técnica está tentando encontrar algum tipo de amarra que impeça que o texto sofra tamanha alteração.

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