FMI: mundo precisa de US$ 50 bi para dividir vacina e acabar com pandemia
Política pandêmica é política econômica, diz o Fundo Monetário Internacional
O Fundo Monetário Internacional (FMI) publicou nesta sexta-feira, 21, a sua “proposta para acabar com a pandemia da Covid” no mundo, conclamando os países ricos a fazer um financiamento global de vacinas para permitir que as economias voltem a crescer. A proposta passa pela vacinação mundial em massa para que 40% da população do mundo esteja vacinada até o fim de 2021 e esse percentual chegue a 60% até o fim do primeiro semestre de 2022. Para vacinar toda essa população, serão necessários, segundo o FMI, 50 bilhões de dólares, dos quais 22 bilhões de dólares já foram doados pelos países do G20 ao consórcio de vacinas. O FMI diz que a distribuição global de vacinas é fundamental para a estabilidade macroeconômica e financeira global. “É bem sabido que não pode haver um fim duradouro para a crise econômica sem um fim para a crise da saúde. Política pandêmica é, portanto, política econômica.”
Os números até agora são muito díspares. Até o fim de abril, menos de 2% da população da África havia sido vacinada. Em contraste, mais de 40% da população dos Estados Unidos e mais de 20% da Europa receberam pelo menos uma dose da vacina.
Para argumentar que os países devem doar vacinas e financiar a vacinação mundial, o FMI faz uma conta simples: “salvar vidas e meios de subsistência não precisa de justificativa, mas um fim mais rápido para a pandemia também poderia injetar o equivalente a US $ 9 trilhões na economia global até 2025 devido a uma retomada mais rápida da atividade econômica. As economias avançadas, provavelmente as que mais gastariam nesse esforço, veriam o maior retorno sobre o investimento público da história moderna – capturando 40% dos US $ 9 trilhões acumulados em ganhos do PIB global e cerca de US $ 1 trilhão em receitas fiscais adicionais.: