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Empresa norueguesa ganha dor de cabeça nos EUA após cair na Lava Jato

Companhia vive dias turbulentos no Brasil, o que afetou suas ações nas bolsas americanas; os investidores não gostaram nada do que ouviram

Por Machado da Costa Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 13 nov 2020, 18h49 - Publicado em 12 nov 2020, 18h19

A empresa Golar, companhia anglo-norueguesa do setor de gás natural que tentou arrematar um terminal da Petrobras na Bahia no mês passado, ganhou uma nova preocupação. Além de ter sido desclassificada do certame após fazer a melhor oferta, agora está recebendo uma enxurrada de ações coletivas nos Estados Unidos devido ao CEO de uma de suas coligadas tem sido citado na Operação Lava Jato. O nome do executivo é Eduardo Antonello e ele comandava a Hygo, uma joint-venture da Golar com um grupo de investidores americanos, o Stonepeak Infrastructure Partners. Testemunhas da Lava Jato disseram que ele participou de um esquema de propinas, em 2011, quando trabalhava na Seadrill. Quando veio à público a acusação, as ações da Golar despencaram na Nasdaq.

A Golar achou melhor trocar o executivo e contratou Paul Hanrahan, então CEO da AES Corp., para substituí-lo. Com a alteração, a Golar também suspendeu o memorando de entendimento entre a Hygo e a Norsk Hydro, outra norueguesa enrolada no Brasil depois de ter problemas com barragens da subsidiária Alunorte, no Pará. Mesmo com as trocas, os acionistas e os advogados americanos especializados em cobrar indenizações de empresas que se enrolam em esquemas de corrupção não ficaram convencidos. Ao menos um escritório já entrou com o processo e outros três estão com denúncias prontas para serem entregues à Justiça americana.

A companhia foi fundada em 1946, em Oslo, na Noruega. Posteriormente foi negociada por grupos ingleses e hoje divide suas operações entre Londres e Oslo. Curiosamente, a sede fiscal da companhia não está em nenhum dos dois países, mas nas Ilhas Bermudas, um paraíso fiscal no Caribe.

A Golar enviou uma nota ao Radar Econômico.

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A Golar Power esclarece que nenhuma empresa Golar é ou foi em qualquer momento alvo de investigação da Lava Jato, ou foi acusada de qualquer ofensa criminal ou atos ilegais.
A informação de que as ações da Hygo sofreram queda não procede uma vez que a Hygo é uma empresa de capital fechado e não tem ações listadas em bolsa.  As ações da Golar LNG são listadas na Nasdaq e não estão mais em trajetória de queda, ao contrário. Desde setembro, as ações da Golar LNG tiveram uma valorização de 30%, confirmando a confiança do mercado na idoneidade e solidez dos negócios da companhia. Cabe esclarecer que as alegações contra Eduardo Antonello referem-se a atos que estão sendo investigados e relacionados ao ano de 2009, portanto 7 anos antes da criação da Hygo, que foi fundada em 2016.  Uma auditoria independente internacional, contratada pela Golar, atestou, em relatório, que não há qualquer evidência de conduta irregular ou prática de corrupção envolvendo a Hygo. Nos processos do MPF não há qualquer menção a Eduardo Antonello relacionada ao período em que esteve como CEO da Hygo. Ainda assim, Antonello deixou suas funções na empresa, sendo substituído por Paul Hanrahan. Sobre a participação no processo de licitação do terminal de GNL na Bahia, esclarecemos que a Golar Power cumpriu integralmente todos os requisitos e exigências do edital da Petrobras, inclusive os referentes à due diligence de integridade da Petrobras. Ressaltamos ainda que a Golar Power foi a única empresa a apresentar proposta no leilão, com valor superior a R$130 milhões, confiante na abertura do mercado de gás natural do país.

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