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Dois bolsonaristas da ala ideológica na mira da CPI da Covid

Secretários do Ministério da Saúde que cuidavam da cloroquina e das vacinas vão ter que se explicar na recém-criada Comissão

Por Josette Goulart Atualizado em 15 abr 2021, 12h18 - Publicado em 14 abr 2021, 19h14

Dois bolsonaristas, considerados da ala ideológica do governo, e que têm cargos de secretários no Ministério da Saúde terão que dar explicações na CPI da Covid, que foi criada esta semana pelo Senado Federal. Um deles é a médica Mayra Pinheiro, secretária de Gestão do Trabalho e da Educação em Saúde, conhecida como capitã cloroquina. Ela foi para Manaus distribuir kit Covid duas semanas antes do auge da crise do oxigênio. Também é da sua alçada o aplicativo TrateCOV, que “ajudava”  médicos a diagnosticar a Covid, mas acabava recomendando como tratamento os remédios sem comprovação de eficácia do kit. O aplicativo chegou a ser lançado e retirado do ar na sequência. Na época, já sob pressão, o ex-ministro  explicou que o aplicativo foi lançado por conta de um ataque hacker.

Fontes próximas a Pazuello dizem que o ex-ministro se referia a Mayra quando falou, em sua saída do Ministério em vídeo interno que foi vazado, de gente que tentou empurrar uma pseudo nota técnica  sobre um medicamento. O tal medicamento seria a própria cloroquina. Mayra é superbolsonarista, um dos motivos que levou a um rompimento com seu conterrâneo, o senador Tasso Jeiressati (PSDB). O senador  havia apoiado Mayra em sua candidatura a uma das vagas no Senado, nas eleições de 2018. Ela entrou no Ministério da Saúde junto com o ex-ministro Luiz Henrique Mandetta, e se cacifou para um cargo no ministério por suas fortes posições contra o programa Mais Médicos. Tem fama de derrubar ministros. 

O outro secretário na mira, mais que bolsonarista, é olavista. Trata-se do médico Helio Angotti Neto, secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação e Insumos Estratégicos. Angotti era o primeiro contato dos laboratórios farmacêuticos que queriam tratar das vacinas contra Covid-19 no Ministério. Em sua agenda oficial foram registrados muitos encontros ainda no ano passado. Mas segundo algumas fontes, pouco do que era tratado na sua sala chegava ao conhecimento do ministro Pazuello. 

Tanta gente agindo no Ministério com tamanha independência daria também um caminho para a defesa do ex-ministro general na CPI. 

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