Corte global da Heineken não deve poupar o Brasil
Cervejaria vai reduzir em 20% os gastos com pessoal; no país, são mais de 13 mil empregados
A Heineken anunciou que está produzindo um corte de 20% de gastos com pessoal — entre demissões e reduções de custos. O Brasil, que representa o maior mercado regional para a cervejaria no momento, não deve ser poupado. O Radar Econômico apurou que o país goza de uma posição privilegiada com a matriz na Holanda, mas que, apesar disso, será difícil escapar do corte. Hoje, a Heineken emprega cerca de 85 mil pessoas espalhadas por todo o mundo. No Brasil, estima-se que sejam mais de 13 mil colaboradores.
O anúncio foi feito logo após a divulgação dos resultados da companhia. O lucro global da Heineken caiu 76% no terceiro trimestre deste ano. O que salvou, de fato, foi o Brasil. O volume de cervejas vendidas pelo grupo por aqui aumentou 13% no trimestre. O Radar Econômico, em agosto, contou que os resultados ruins da matriz estão pressionando os comandantes da operação brasileira a subir o preço da bebida.
O grupo Heineken enviou uma nota ao Radar Econômico. Leia abaixo na íntegra.
No início da pandemia, o Grupo HEINEKEN se comprometeu, globalmente, a não realizar demissões estruturais em 2020 e continuamos comprometidos com isso. Ao mesmo tempo, precisamos melhorar a agilidade e a velocidade em um ambiente cada vez mais dinâmico. Nossos esforços atuais de revisão estratégica estão focados em moldar a empresa para emergir mais forte da crise causada pela pandemia da Covid-19, para sustentar o crescimento futuro. As únicas especificações compartilhadas no relatório de resultados de hoje envolvem a redução de nossos custos de pessoal na sede e nos quatro escritórios regionais em aproximadamente 20%, a partir do primeiro trimestre de 2021. Não temos nenhuma mudança local para compartilhar neste momento.
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