Como os mercados vão reagir à crise política?
VEJA Mercado: embate entre Bolsonaro e Congresso por conta das eleições e livro Bege nos Estados Unidos pautam os mercados neste início de semana
VEJA Mercado Abertura, 12 de julho.
A crise política que se instalou entre as instituições será repercutida (ou não) somente hoje por conta do feriado da semana passada. A crise começou com a alta cúpula militar dizendo que o presidente da CPI da Pandemia, senador Omar Aziz, foi leviano ao ligar a “banda podre das forças armadas” a supostos eventos de corrupção no Ministério da Saúde. O presidente Jair Bolsonaro se recusou a prestar informações à CPI sobre a reunião com os irmãos Miranda, que denunciaram ao presidente forte pressão para compra da vacina Covaxin. Bolsonaro ainda subiu o tom ao atacar o TSE e dizer que pode nem haver eleições no próximo ano. O presidente do Congresso Nacional e do Tribunal Superior Eleitoral fizeram duras manifestações contra a fala do presidente. Sem fatos novos durante o fim de semana, os investidores podem entender que a fervura diminuiu. A crise política e institucional, no entanto, pode surtir efeito no dólar, já que os investidores e exportadores, diante da instabilidade, tendem a adiar a realocação de recursos para o Brasil.
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Na parte econômica, os investidores vão ficar de olho no Livro Bege americano, que traz dados sobre a evolução da economia americana.
Nos fatos relevantes, a Gol divulgou estimativas que vai ter prejuízo no segundo trimestre. O grupo Soma anunciou oferta restrita de ações de 750 milhões de reais e a Kora Saúde comprou o Hospital Gastroclínica por 82 milhões de reais.