Caminhoneiros: governo Bolsonaro usa Lula para tentar enfraquecer greve
Alguns líderes estão convocando nova paralisação para novembro
Desde a greve dos caminhoneiros de 2018, quando Michel Temer foi para a televisão dar por encerrada a paralisação quando estava apenas começando, ficou claro que o movimento da categoria é altamente fragmentado, dividido em dezenas de lideranças. Temer tinha fechado acordo com as lideranças erradas. O governo Bolsonaro, ciente desta fragmentação, está tentando polarizar qualquer novo movimento de greve. A tática agora é associar a atual movimentação ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, já que muitos caminhoneiros são bolsonaristas. A prova disso é que a última paralisação para valer da categoria foi feita em apoio ao presidente Jair Bolsonaro, que se lançou contra o Supremo no dia 07 de setembro.
Membros do governo têm soltado a informação de que o ex-presidente Lula teve reunião com alguns líderes de caminhoneiros, na semana passada. No sábado, em evento no Rio de Janeiro, os caminhoneiros decretaram estado de greve e uma pauta para que o governo atenda em 15 dias sob ameaça de paralisação no dia 1º de novembro.