Começou o rali de fim de ano? Bolsa acumula quinta alta consecutiva
VEJA Mercado: apetite ao risco cresce pelo mundo e bolsa brasileira se mostra um ativo barato para os investidores
VEJA Mercado | Fechamento | 8 de dezembro.
Após meses no limbo pela deterioração do cenário macroeconômico brasileiro pela escalada da inflação e dos juros, e também do risco fiscal em função da PEC dos Precatórios que extrapolou o teto de gastos, o Ibovespa tenta negociar em mares mais calmos. A PEC passou, o PIB negativo e a recessão técnica indicaram uma desaceleração da economia que pode arrefecer os preços ao consumidor e assim a bolsa subiu. Pelo quinto pregão consecutivo, o Ibovespa avançou. Hoje, fechou em alta de 0,50%, a 108.095 pontos. “A ficha de que a bolsa ficou muito barata está caindo e os investidores estão em busca de pechinchas. Em uma semana pró-risco global, o Brasil se torna alvo dos estrangeiros”, avalia Roberto Motta, chefe da mesa de derivativos da Genial Investimentos. Somente na última segunda-feira, 6, entraram 2,18 bilhões de reais no mercado de dinheiro estrangeiro. Em dezembro, o acumulado já é de 4,52 bilhões de reais.
Os setores de viagem e construção foram os grandes destaques do dia. Enquanto os temores sobre a variante ômicron diminuem no mercado e provocam a recuperação de papéis como Gol e CVC, que subiram 9%, a constante redução dos juros futuros fez com que empresas como Eztec e MRV fecharem em altas de 6,8% e 6,1%, respectivamente. O DI para 2024 recuou 1,40%, a 10,91%, e o DI para 2031 caiu 1,28%, a 10,80%. No lado das baixas, o varejo destoou. O recuo de 0,1% nas vendas do setor em outubro ante a expectativa do mercado de alta de 0,6% derrubou as ações de Magazine Luiza, que recuou 10,7%. O dólar fechou em queda mais uma vez. A moeda americana cedeu 1,49%, a 5,534 reais.