Bolsa bate a mínima do ano por ômicron e teto de gastos; dólar sobe
VEJA Mercado: aceleração do tapering e novos casos da variante ômicron pelo mundo contaminaram os mercados
VEJA Mercado | Fechamento | 1° de dezembro.
Hoje foi um daqueles dias em que o mercado abre o dia otimista e perde força no decorrer da sessão. A confirmação de novos casos da variante ômicron do coronavírus em países como Brasil e Estados Unidos azedou o humor dos investidores e as bolsas perderam tração ao longo do dia. A possível aceleração do tapering, o programa de retirada de estímulos da economia americana, que será debatida pelo Fed, também fez os investidores negociarem com cautela. Nasdaq e Dow Jones, por exemplo, recuaram 1,60% e 1,34%, respectivamente. Por aqui, o Ibovespa fechou em queda de 1,12%, a 100.774 pontos, a mínima do ano. O dólar subiu 0,63%, a 5,670 reais. No radar do mercado, a tentativa do governo de emplacar a suspensão do teto de gastos até 2026 pela PEC dos Precatórios.
Na bolsa brasileira, os analistas têm observado um movimento de migração das small caps, as empresas menores, para as chamadas blue chips, que são as companhias com maior liquidez e que podem representar ativos mais seguros em um momento de aversão a risco. “As empresas menos líquidas estão pagando o pato da crise. É um movimento técnico provocado, sobretudo, pelo cenário de alta de juros no Brasil e que, possivelmente, deve acontecer nos EUA também”, avalia Rodrigo Natali, diretor de estratégia da Inversa. Suzano, Gerdau e Petrobras fecharam em altas de 3,3%, 1,4% e 0,6%, respectivamente. Na outra ponta, empresas como Méliuz e Via recuaram 10,3% e 8,2%, respectivamente.