Azul avalia punir piloto que convidou Bolsonaro para aeronave
Empresa recrimina episódio, por funcionário não estar usando máscara, e deseja evitar ser relacionada a momento de polarização política no Brasil
A Azul avalia qual a punição dará ao piloto que aparece em vídeo com o presidente Jair Bolsonaro, em sua visita à Vitória, na sexta-feira, 11. Segundo fontes de mercado, o episódio desagradou a gestão, principalmente, por permitir que, nas redes sociais, a marca da empresa fosse relacionada a uma suposta proximidade com o governo federal.
Bolsonaro estava no aeroporto da capital capixaba quando encontrou o funcionário da companhia, que o convidou para saudar os passageiros do voo. Para a empresa, segundo as mesmas fontes, a falha do piloto aconteceu ao ter se empolgado e não ter usado a máscara, e não pela entrada do presidente no avião. Afinal, se tratava de um chefe de estado, e não é possível controlar ou punir a preferência política de seus 13 mil funcionários.
A presença de Bolsonaro causou uma mistura de reações dos passageiros, entre apoios e protestos, que filmaram o momento e o publicaram nas redes sociais. O presidente também retirou a máscara para tirar fotos com algumas pessoas, e a situação causou aglomeração, o que deve causar investigação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária.
A própria gestão da empresa só teria ficado sabendo do episódio por meio do vídeo de passageiros, quando já tinha mais de 500 mil visualizações. Os fatos ainda estão sendo apurados pelas áreas responsáveis e as medidas serão tomadas com base nas políticas internas da companhia. Até o momento, não há uma definição do que será feito.