A queda de braço entre Guedes e Maia pelos repasses ao fundo de municípios
"Vai ser um teste e tanto para a eleição da Câmara. Vamos ver o poder de articulação de Bolsonaro", diz um aliado do presidente da Câmara
Segue a briga entre o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e o ministro da Economia, Paulo Guedes. O round da vez envolve a votação de ampliação do Fundo de Participação dos Municípios, o FPM. A Proposta de Emenda Constitucional na pauta da Câmara aumenta em 1% as transferências da União para o FPM, para a fúria de Guedes. Ambientes de atenção especial, as pequenas cidades, de até 30 mil habitantes, seriam as mais beneficiadas pela proposta. Membros do governo alegam preocupação eleitoreira dos deputados para dar vazão ao projeto.
Por outro lado, a Frente Nacional de Prefeitos, a FNP, já levou ao presidente da Câmara estudos que mostram que, graças aos repasses de recomposição de recursos promovidos pela União, os pequenos municípios já foram bastante agraciados durante a pandemia de Covid-19. Maia adiou de segunda-feira 21 para esta terça-feira, 22, a votação da PEC, para que o governo organizasse sua base. “Vai ser um teste e tanto para a eleição da Câmara. Vamos ver o poder de articulação de Bolsonaro”, diz um aliado de Rodrigo Maia.