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Por Mario Mendes
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Aleluia, Selma! Todo poder à mulher madura

Não há como negar, Sonia Braga é mesmo a estrela brasileira de 2016. A volta ao cinema nativo 20 anos depois de Tieta – sim, ela esteve em Memórias Póstumas de Brás Cubas, em 2001, mas ninguém notou – foi em grande estilo, no filme que virou símbolo da chanchada épica em que estamos metidos. Então dá-lhe […]

Por Da Redação Atualizado em 2 fev 2017, 08h51 - Publicado em 27 set 2016, 22h50
No auge de seus 67 anos, Selma prossegue poderosa. E linda

No auge de seus 67 anos, Selma prossegue poderosa. E linda

Não há como negar, Sonia Braga é mesmo a estrela brasileira de 2016. A volta ao cinema nativo 20 anos depois de Tieta – sim, ela esteve em Memórias Póstumas de Brás Cubas, em 2001, mas ninguém notou – foi em grande estilo, no filme que virou símbolo da chanchada épica em que estamos metidos. Então dá-lhe Sonia na mídia em tempo integral e até já se fala que o Oscar, aquela entidade malvada, deve reparar o pecado de não ter Aquarius entre os indicados estrangeiros colocando la Braga no páreo de melhor atriz. Nada improvável, já que ela é legítima criatura de Hollywood.

Porém, em uma manhã com Ana Maria Braga – naquela outra entidade diabólica, a Rede Globo –, dou de cara com Selma Egrei, atriz contemporânea de Sonia e igualmente um animal cinematográfico. (Atenção: o “animal” aqui é como no comentário de Ernest Hemingway sobre Ava Gardner ser “o animal mais lindo do mundo”).

Selma Egrei na novela "Ninho da Serpente", da Rede Bandeirantes

Selma Egrei na novela “Ninho da Serpente”, da Rede Bandeirantes

Pois bem, Selma no auge dos 67 anos – Sonia está com 66 – prossegue poderosa. E linda. Em um personagem que de início parecia ingrato, a d. Encarnação de Velho Chico, ela acabou conquistando o público da pretensiosa e acidentada trama das 9. “Essa velha é demais!”, cansei de ouvir no ônibus, no metrô, na feira, de manhã na fila do pão francês. Nem Camila, nem Torloni, nem a bela Lucy Alves. Selma Egrei roubou a novela mesmo debaixo de um quilo de rugas de látex, barrocos figurinos de época e uma mágoa de caboclo da extensão do Rio São Francisco. Sem falar que, quando jovem, era mais bonita que todas as outras juntas.

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Sim, eu era fã de Selma Egrei na juventude. Desde que vi aquela mulher de olhos cor de água em alguma pornochanchada dos anos 70 que hoje ninguém mais lembra o nome. E até antes, em uma comédia caipira de Mazzaropi, O Jeca Macumbeiro. Mas, sobretudo na trama nazista ambientada no sul do Brasil, aleluia Gretchen, de Silvio Back, e Eros o Deus do Amor, de Walter Hugo Khouri, considerado então “o Bergman brasileiro”. Aliás, esse filme reunia o maior número de beldades por fotograma. Além de Selma, havia Cristiane Torloni, Dina Sfat, Maria Claudia, Renée de Vielmond, Monique Lafond, Nicole Puzzi, Kate Hansen etc.

Ao contrário de Sonia que pegou um lotação para brilhar em Hollwood, Selma continuou por aqui e, discreta, até sumiu de cena por dez anos, pra voltar com força total nos anos 2000 e arrasar, em 2012, como a dra. Dora Aguiar, no seriado psicanalisado Sessão de Terapia – muita gente achou tratar-se de uma atriz desconhecida e uma revelação.

Então, por que não se dar o devido espaço na mídia para Selma Egrei em sua hora da estrela? Afinal, não se fala tanto em protagonismo e empoderamento feminino? Na Inglaterra, Helen Mirren e Judi Dench estão com a bola toda, a loira gelada francesa Catherine Deneuve não para de filmar, enquanto as americanas… eu até ia dizer estadunidenses… Jane Fonda e Lili Tomlin zoam o barraco com categoria no Netflix, em Grace and Frankie. Celebremos pois, nossas divas maduras como elas merecem.

Miss Egrei, eu ainda sou seu fã.

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