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Por Paulo Cezar Caju
O papo reto do craque que joga contra o lugar-comum
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Na ausência de JJ, louvemos os novos ‘misters’ do futebol brasileiro

Para quem me pergunta quem será campeão do Paulistão, digo o seguinte: vou torcer para algum time do interior. Vai ser bom para dar uma renovada

Por Paulo Cezar Caju Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 27 jul 2020, 19h17 - Publicado em 27 jul 2020, 18h52

Muito se falou da saída do técnico Jorge Jesus, do Flamengo, e fui observar o desempenho de outro português, Jesualdo Ferreira, técnico do Santos, contratado do Al Sadd, do Catar.

O time começou bem, com Marinho fazendo dois gols, mas o resultado final foi 3 a 2 para o Novorizontino. Temos que levar em consideração o fato de o Santos já estar classificado, mas fica claro que para os próximos jogos será fundamental Marinho e Soteldo estarem inspirados, muito inspirados.

“Mas, PC, quem você gostaria de ver campeão paulista?”, perguntou o entregador de pizza, nascido em Bauru. Para ser coerente deveria falar Palmeiras, Corinthians ou São Paulo, afinal lá estão Luxemburgo, Tiago Nunes e Fernando Diniz, três treinadores que costumo elogiar, mas respondi Bragantino.

Gostei muito do América mineiro que vi sob o comando de Felipe Conceição e lamentei muito quando, na última rodada, o time deixou escapar a chance de seguir na Primeira Divisão do Brasileiro. O Bragantino segue a mesma linha, um time leve, de bom toque de bola e bom de ver jogar.

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Na verdade, vou torcer para que algum time do interior seja campeão. Vai ser bom para dar uma renovada. E quem são os técnicos de Mirassol, Santo André e Ponte Preta? O do Mirassol é Ricardo Catalá e, sinceramente, não o conhecia.

O da Ponte Preta é João Brigatti, que substitui Gilson Kleina, e o do Santo André é Paulo Roberto Santos, ex-jogador de Botafogo, América, Bonsucesso e vários outros. Chutem quantos clubes ele treinou até chegar ao Santo André? Dez? Quinze? Vinte e cinco? Trinta e cinco? Quarenta e cinco?

Não! Passou por 47 clubes, entre eles Unaí, Fabril, Batatais e Araxá. Não é fácil a vida de treinador. Meu pai foi e viajava sem parar e a vida familiar acaba ficando em segundo plano. Mas isso me fez refletir. O que é preciso para um treinador ter o respeito da opinião pública? Títulos de expressão? Tempo de carreira? Relacionamento? Fazer o curso da CBF?

Qualquer alternativa estará errada se lembrarmos que Dunga foi convidado para assumir a seleção brasileira sem nunca ter treinado nenhum clube, “nenhumzinho”, zero. Foi convidado pelo seu espírito de liderança como jogador. Será que tinha esse curso da CBF naquela época?

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Hoje, Tite comanda nossa seleção. Apesar de sido campeão mundial de clubes pelo Corinthians, o que o levou ao cargo de treinador da seleção foi sua boa relação com a mídia, seus ternos e seu estilo palestrante de ser. Futebol que é bom, nada.

Fico observando o futebol e fico imaginando o que poderia acontecer para sairmos dessa mesmice. Se algum time do interior vencer será bom pela novidade, se o Santos vencer será um português mostrar que não estão aqui de passagem, se o São Paulo ganhar ficarei contente demais pelo esforço solitário de Fernando Diniz, que está longe de ser um queridinho da imprensa.

E, ontem, zapeando, parei em Afogados e Retrô FC, pelo campeonato pernambucano, e me surpreendi com o bom toque de bola do Retrô, um time da Série D, do Brasileiro. O passe de peito que um atacante deu para o outro, que acabou perdendo o gol, já valeu por ter estacionado o controle remoto no sofá.

O futebol brasileiro de hoje tem que ser encontrado nos detalhes, ele ainda sobrevive, mas precisa ser libertado dessas amarras que nos impede de voltarmos a sermos os maiores do mundo.

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