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Por Paulo Cezar Caju
O papo reto do craque que joga contra o lugar-comum
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Em vez de berrarem, ensinem

Essa história de treinador jogar com o time não existe. O momento de conversar é no vestiário

Por Paulo Cezar Caju
Atualizado em 26 jan 2021, 15h58 - Publicado em 25 jan 2021, 15h14

Com os estádios vazios e os microfones das tevês abertos, descortina-se o baixíssimo nível dos chamados líderes dos jogadores. Treinadores e integrantes da comissão técnica escancaram que são péssimos exemplos, pois xingam escancaradamente a equipe de arbitragem e em alguns casos os próprios atletas.

Essa história de os treinadores ficarem à beira do campo foi mais um dos retrocessos do futebol. Em toda a minha carreira, no Brasil e na Europa, nunca um treinador ficou berrando e dizendo o que o nosso time deveria fazer. Se essas orientações, que só servem para contribuir com a poluição sonora, fossem eficazes o meu Botafogo não estaria nessa situação porque o que o Barroco grita: “avança a linha”, “trabalha a bola”, “põe no chão”, “pega o corredor”…

Essa história de treinador jogar com o time não existe. O momento de conversar é no vestiário. O treinador não pode ser a estrela do espetáculo. No aterrorizante Fluminense x Botafogo com 30 minutos de jogo já eram contabilizados 47 passes errados e os “professores” Barroca e Marcão continuavam incentivando “boa”, “acredita”. Chega a ser patético. Em vez de berrarem, ensinem. Definitivamente, os jogadores mais experientes não estão nem aí para essas “orientações” e os mais jovens, sem estrutura psicológica, podem ser prejudicados.

É uma pressão desnecessária. Mas virou moda. No currículo os treinadores devem destacar seus predicados: grito o jogo todo, suo muito e sempre preciso trocar de camisa, fico rouco ao longo da partida, xingo o árbitro e sou bom em chutar copinhos de água mineral. E nosso futebol só despenca. Os líderes perdem para os últimos colocados e os comentaristas dizem que o campeonato é o mais equilibrado do mundo. O Atlético-MG perdeu para o Vasco, o São Paulo empatou com o Coritiba, o Santos perdeu para o Goiás, o Flamengo perdeu para o Athletico e por aí vai!

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Deveriam dizer que o torneio é nivelado por baixo e ganha quem souber se aproveitar disso! A verdade é que a crise técnica é mundial. Bayern de Munique e Real Madrid foram desclassificados por equipes de segunda e terceira divisões. Os gigantes Barcelona e Liverpool também não vão bem das pernas e o Atletico de Madri, do xerifão Simeone, se destaca. Santos e Palmeiras estarem disputando a final da Libertadores é outro exemplo. Estou exagerando?

Na tevê, prossegue Flu x Botafogo. O goleiro Cavalieri leva um frango. Ninguém reclamou ou foi consolá-lo. Minutos depois, a bola sai pela lateral, talvez tentando fugir daquilo que pode ser tudo, menos futebol. Barroca reclamou do gandula. Barroca suava, estava rouco, orientou, xingou, andou de um lado para o outro, usou e abusou de todos os requisitos do manual de um técnico moderno, mas não surtiu efeito e o Botafogo, assim como o futebol em geral, despencam do abismo empurrados por seus próprios líderes.

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