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Por Paulo Cezar Caju
O papo reto do craque que joga contra o lugar-comum
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Dá para chamar o feito do Palmeiras de ‘Tríplice Coroa’?

O Campeonato Paulista foi patético, a Libertadores medonha e a Copa do Brasil um fiasco

Por Paulo Cezar Caju Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 9 mar 2021, 16h23 - Publicado em 8 mar 2021, 16h21

Em minha caminhada pelo Leblon para espairecer testemunho uma cena que retrata exatamente o comportamento de muitos brasileiros. Um rapaz distraído, celular no ouvido, tropeça em um mendigo deitado no chão e segue adiante como se tivesse chutado uma pedra. Nenhum pedido de desculpas, só faltou chamar o gari para retirar aquele entulho do caminho. Alguma diferença da torcida do Palmeiras comemorando, sem máscara, a tal da “Tríplice Coroa”? Sou do tempo em que só grandes elencos conseguiam tal proeza, mas virou bagunça.

O Campeonato Paulista foi patético, a Libertadores medonha e a Copa do Brasil um fiasco. Mas centenas de palmeirenses, em plena pandemia, com milhares de pessoas morrendo diariamente, resolveram convocar o vírus para a festa e compartilhá-los com suas famílias na volta para a casa. Clubes de outros estados já haviam feito o mesmo. Ninguém se importa mais com o próximo e os próprios políticos seguem com suas farras. Estamos anestesiados, pouco se lixando. O novo normal é um porre. Me dá a impressão que as pessoas estão enlouquecendo.

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Como explicar, então, o comportamento de Vagner Mancini após a vitória sobre a Ponte Preta, com um pênalti duvidoso: ‘Esse é o Corinthians que eu quero!”. Meu Deus, estamos fritos! A Ponte está na Segunda Divisão! Péricles Chamusca, treinador do Botafogo, também vibrou com a fantástica vitória de 3×0 sobre o Resende. A Portuguesa lidera o Carioca. Não é surpreendente porque há tempos a zebra pediu as contas, cansou, pendurou as chuteiras. O futebol está nivelado por baixo e, agora, o novo gênio da lâmpada é o português Abel Ferreira, mister do Verdão. Responde as perguntas sempre com rispidez, mas a imprensa é culpada.

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Ouvi um comentarista dizendo que ele inovou ao mesclar jogadores jovens com experientes. Pera aí, isso faziam antes mesmo de o futebol ter sido inventado! Estamos anestesiados de falta de ideias, sentimentos e critérios. Desde 1994, percebo que resolvemos nos contentar com pouco, mas para muitos a ficha só caiu após os 10×1, sete da Alemanha e três da Holanda. A partir daí, virou banal sermos chacotas, times tradicionais caírem para a Segunda Divisão e acreditarmos que “outro patamar” é sinônimo de extrema qualidade. Viramos bobos, irresponsáveis, alienados. Não precisamos de vacina, mas de um antídoto para eliminar o efeito danoso dessa anestesia.

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