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Política, negócios, urbanismo e outros temas e personagens paranaenses. Por Guilherme Voitch, de Curitiba
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Laudo descarta versão de que Tatiane Spitzner teria se jogado

Para os peritos do Instituto de Criminalística há duas possibilidades para a queda: desequilíbrio involuntário (queda acidental) ou abandono de corpo inerte

Por Guilherme Voitch Atualizado em 30 jul 2020, 20h21 - Publicado em 31 ago 2018, 22h51

O laudo elaborado por peritos do Instituto de Criminalística do Paraná descartou a possibilidade de que a advogada Tatiane Spitzner, 29 anos, tenha se jogado do seu apartamento, em Guarapuava, Centro-Sul do Paraná, no dia da sua morte, conforme a versão apresentada pelo seu marido, o professor de biologia Luis Felipe Manvailer, 32.

Em seu depoimento, Manvailer afirmou que, assim que o casal chegou ao apartamento, depois de uma discussão, Tatiane “correu para a sacada”. O professor disse ter tentado alcançar a esposa, mas “não teve tempo tempo de segurá-la antes da mesma se jogar”.

De acordo com o laudo, a altura da mureta da sacada, 1,23 m, “impossibilita a passagem para o lado externo de maneira ágil, contradizente o depoente”. Ainda de acordo com o trabalho dos peritos, a posição final da queda, 3,78 metros de distância do alinhamento do prédio, indica duas possibilidade: desequilíbrio involuntário (queda acidental) ou abandono de corpo inerte, sem qualquer tipo de impulso. No depoimento, Manvailer disse que a esposa havia transpassado a mureta “rapidamente”.

O laudo também indicou ranhuras da cor vermelha, semelhantes à do esmalte que a advogada usava no dia de sua morte, e de “ranhuras de atrito por fricção e/ou arrastamento” no local, “tanto na borda superior, quanto na face externa do vidro”.

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O Ministério Público divulgou nota na qual afirma que o laudo é mais uma prova que confirma a prática de feminicídio. “A prova técnica descarta a versão de que a vítima teria se jogado”, diz.

A defesa de Manvailer, também por meio de nota à imprensa, afirmou que não vai se manifestar sobre o laudo porque não teve acesso aos trabalhos realizados na data da perícia e diz que “aguarda a realização da reprodução simulada dos fatos com a presença de Luis Felipe Manvailer e seus advogados”.

O caso

Tatiane morreu na madrugada de 22 de julho depois de voltar de um barzinho onde ela e o marido tinham encontrado amigos para comemorar o aniversário de Manvailer. Imagens de câmeras de segurança mostram que a advogada foi agredida várias vezes pelo marido ao chegar em casa. As agressões se iniciam no carro e prosseguiram dentro da garagem e do elevador do edifício. As câmeras mostram a queda da advogada e a movimentação do marido, que desce, recolhe o corpo e o leva para dentro de casa novamente.

O professor de biologia está preso, suspeito de feminicídio. Ele foi detido depois de bater o carro de Tatiane quando supostamente tentava fugir para o Paraguai. Em depoimento à polícia, ele nega as acusações e afirma que a esposa se jogou da janela depois de uma discussão.

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