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Delegado que atendeu ocorrência com caravana de Lula é afastado

Cúpula da Secretaria de Segurança não teria gostado das declarações de Wikinson Fabiano Oliveira de Arruda à imprensa

Por Guilherme Voitch Atualizado em 30 jul 2020, 20h31 - Publicado em 28 mar 2018, 11h58

O delegado Wikinson Fabiano Oliveira de Arruda, que atendeu a ocorrência dos disparos contra os ônibus do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em Espigão Alto do Iguaçu, região Centro-Sul do Paraná, foi afastado do caso pela Secretaria de Segurança Pública do Estado (Sesp). A cúpula da Secretaria não gostou das declarações de Arruda à imprensa.

O delegado afirmou que as marcas nos ônibus eram resultado de disparos de armas de fogo e classificou o caso como tentativa de homicídio. A investigação deverá ser conduzida agora pelo delegado Helder Lauria, chefe da Subdivisão de Polícia de Laranjeiras do Sul, e pelo Centro de Operações Policiais Especiais (COPE). Equipes da unidade já estão em Laranjeiras do Sul.

Na manhã desta quarta, Lauria deu uma entrevista para a RPC, afilhada da TV Globo, em que classificou as declarações do subordinado como “superficiais”. “Estamos tratando [o caso] como disparo de arma de fogo e dano. Não estamos tratando como tentativa de homicídio”, disse

Em nota, a Secretaria de Segurança negou o afastamento do delegado Arruda do caso. “Desde o início, das primeiras oitivas, quem conduz o inquérito policial é o delegado titular da Delegacia de Laranjeiras do Sul Helder Andrade Lauria. Arruda, que é delegado adjunto, acompanhou Lauria no atendimento ao local da ocorrência e segue dando apoio à investigação”, diz o texto.

Ainda segundo a Secretaria de Segurança Pública, um inquérito policial foi aberto para apurar as circunstâncias do fato. “Duas equipes do Cope (Centro de Operações Policiais Especiais), unidade de elite da Polícia Civil do Paraná, estão na cidade de Laranjeiras do Sul para ajudar nas investigações.  O Instituto de Criminalística do Paraná está finalizando o laudo de perícia no ônibus e o documento deve ficar pronto nos próximos dias.”

O promotor Olympio de Sá Sotto Maior Neto, coordenador do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça de Proteção aos Direitos Humanos (Caop), cobrou o MP para que  acompanhe o caso. “Estamos diante da prática de crimes. Houve incitação à prática de crimes e um caso concreto de tentativa de homicídio. Vou encaminhar isso ao procurador-geral e certamente serão designados promotores para acompanhar o caso’, afirmou.

 

O ataque

Na noite desta terça-feira, dois ônibus da caravana do ex-presidente foram atacados a tiros quando iam de Quedas do Iguaçu a Laranjeiras do Sul. Um dos ônibus, onde estavam jornalistas que cobriam a caravana, foi atingido na lataria, nos dois lados. Também há marca de disparo na janela. O outro ônibus foi alvejado na lataria, abaixo da janela. Ninguém ficou ferido. O ônibus em que Lula viajava não foi atingido.

Os veículos teriam diminuído a velocidade ao passarem sobre um miguelito, um apetrecho feito com metal e pregos usado para furar pneus. As marcas dos disparos só foram percebidas quando os motoristas desceram para verificar o que havia ocorrido com os pneus.

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O ex-presidente cobrou atuação das autoridades. “Esperamos que quem está no governo federal e estadual assuma a responsabilidade de garantir o direito de ir e vir do cidadão brasileiro”, disse.

O governo

Na manhã desta quarta, o presidente Michel Temer (MDB) lamentou o ataque contra a caravana petista. No entanto, ele insinuou que a responsabilidade pelo clima de instabilidade e divisão no país vem do passado e do discurso de “uns contra outros”. “É uma pena que tenha acontecido isso. Ficamos no país com essa coisa raivosa, isso não é útil”, disse Temer em entrevista à rádio Band News Vitória. “Agora, devo dizer também que na verdade essa onda de violência não foi pregada talvez por esses que tomaram essa providência. Talvez tenha começado lá atrás, e a história de uns contra outros cria essa dificuldade que gera atritos dessa natureza.”

O presidente disse ainda que atos como esse criam “um clima de instabilidade” e pediu “paciência” durante o período eleitoral. “Vamos ter paciência, vamos discutir projetos. Podem fazer críticas, mas críticas verbais, não críticas físicas”, disse.

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