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Pô, Tiririca, conta as sujeiras que você viu no Congresso, vai…

Carta aberta ao palhaço mais votado do Brasil

Por Maicon Tenfen Atualizado em 7 dez 2017, 01h48 - Publicado em 7 dez 2017, 01h43

Prezado Tiririca:

Sou um fã sincero desde os bons e velhos tempos da Florentina de Jesus. Você me lembra um palhaço que conheci na infância, o Biriba, e é por isso, acho, que tenho simpatia pelo seu trabalho — no picadeiro e na televisão, que fique claro, pois sou um dos muitos milhões de brasileiros que se surpreenderam com os recordes de votação que você teve para a câmara federal.

Não que eu esperasse alguma seriedade dos eleitores ou daquele circo de cavalinhos que é o Congresso, mas ninguém imaginava que dariam assento a um palhaço profissional — tornando a piada realidade! —, prova definitiva de que os verdadeiros palhaços somos nós, patrocinadores de uma farra sem-vergonha que, com ou sem crise, não tem dia e muito menos hora para acabar.

É por isso que agradeço a sua decisão de não tentar se reeleger. Como muitos conterrâneos em busca de consolo, acostumei-me a dizer que o Tiririca era o que tínhamos de melhor em Brasília, não porque fizesse algo em termos legislativos, mas simplesmente porque não faltava às sessões e não estava metido com a lavagem de automóveis.

Claro, não vamos esquecer aquela passagem Ipatinga-Brasília que você comprou com verba de gabinete. É mixaria, convenhamos, mas é aí que mora o perigo: quem rouba uma galinha pode facilmente se apossar do galinheiro.

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Então, cara, de boa, devolva esses trocados — se é que já não devolveu — e saia da vida pública como um raríssimo caso de deputado que, se não fez nada útil, também não deixou rabo para ninguém puxar.

Já pensou se imitam os seus exemplos? Quantos bilhões voltariam aos cofres da nação? Melhor: quantos palhaços, mulheres barbadas e artistas das mil fugas desapareceriam do Congresso Nacional?

Ah, sim: você disse em seu discurso de ontem que não contaria por aí as barbaridades vistas e ouvidas dos seus colegas.

Pô, Tiririca, qual é?

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Não sei se você tem algo que já não saibamos, mas, se tiver, é seu dever pôr a boca no trombone. Talvez essa seja a sua grande contribuição política, já pensou?

De qualquer forma, meu caro, sobre deixar a vida pública, não mude de ideia, pelo amor de Deus, é o pedido de um fã que acaba de declarar sinceridade. Quero muito te ver na televisão, mas não a partir de Brasília, para o seu próprio bem. Dizem — e não duvido — que tem alguma coisa errada com o ar daquela cidade.

Feliz Natal para você e toda a sua família.

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