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Zé tinha razão

“A eleição de Dilma é mais importante do que a de Lula porque é a eleição do projeto político. Porque Dilma nos representa”

Por Ricardo Noblat Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 10 jan 2018, 12h00 - Publicado em 10 jan 2018, 12h00
José Dirceu (Beto Barata/AE/VEJA)

(Artigo publicado em 10/01/2017)

Por ora, tudo indica que Zé tinha razão. O Zé, aí, é José Dirceu, ex-ministro da Casa Civil. Em setembro último, durante palestra em Salvador para cerca de 100 sindicalistas, ele profetizou: “A eleição de Dilma é mais importante do que a de Lula porque é a eleição do projeto político. Porque Dilma nos representa”.

Dirceu ainda ensinou aos sindicalistas: “Se queremos aprofundar as mudanças, temos que cuidar do partido, da organização popular. Temos que cuidar da consciência política. Temos de fazer a reforma política e nos transformar em maioria.”

Lula recusou-se a pagar o preço pedido pelo PMDB para governarem juntos entre 2003 e 2006. Aí estourou o escândalo do mensalão. De 2007 a 2010, Lula pagou o preço entregando ao PMDB seis ministérios e centenas de cargos. Então governou mais ou menos em paz e conseguiu fazer seu sucessor. O PT não gostou nem um pouco.

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Agora, está gostando. “Vamos perdendo de goleada até aqui”, choraminga uma cabeça coroada do PMDB. “O PT faz conosco o que o PSDB imaginou fazer no início do governo de Fernando Henrique e depois desistiu”. No primeiro semestre de 1995, Sérgio Motta, então ministro das Comunicações, tomou uns tragos a mais e desabafou:

– Vamos comer o PMDB pelas bordas. Nosso projeto de poder é de 20 anos.

O do PT é de mais de 20. Oito já se passaram com Lula. Dilma tem quatro pela frente. Poderá ganhar mais quatro. Ou então se convoca Lula e ele garante pelo menos mais oito. Até lá, o PT terá tido tempo suficiente para suceder o PMDB como o maior partido do país. É o que está nas pranchetas de quem conduz os destinos do PT.

Dilma parece fazer muito bem o que lhe cabe. Reduziu o número de ministérios do PMDB de seis para quatro. Deu 17 para o PT. Extraiu dos quatro do PMDB as fatias, digamos assim, mais suculentas. Endinheiradas – pronto, disse.

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O mais notável gesto de hostilidade ao PMDB foi protagonizado por Fernando Bezerra Coelho, do PSB, que assumiu o ministério da Integração Nacional avisando em voz alta a quem interessar possa: “Recebi ordens para tirar daqui gente ligada ao PMDB e ao ex-ministro Geddel Vieira Lima”.

O PMDB está atordoado. O PT ocupa todos os espaços possíveis no primeiro e no segundo escalões do governo – e é ele, o PMDB, quem fica com a fama de fisiológico, inimigo número um da moral e dos bons costumes na administração pública.

Não é justo, convenhamos. E os outros?

Para sair das cordas, o PMDB só terá mesmo um jeito: aprontar em breve alguma surpresa desagradável para a nova presidente. É o que está sendo amadurecido.

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