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Um pretexto e muitas razões para a demissão do 02 da Casa Civil

Uma análise da conjuntura

Por Ricardo Noblat
Atualizado em 30 jul 2020, 19h11 - Publicado em 3 fev 2020, 09h00

Por Helena Chagas e Lydia Medeiros

A tradicional mensagem presidencial com as prioridades do Executivo que abre a solenidade de início do ano legislativo será levada nesta segunda-feira ao Congresso pelo chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni — que balançou no cargo nas últimas horas mas não caiu. Em conversa com Jair Bolsonaro no sábado, parece ter ganho sobrevida. Mas a crise que levou à demissão de seu número dois, Vicente Santini, e esvaziou suas funções com a retirada do PPI da pasta, não acabou. Permanece a pressão de setores militares pela demissão do chefe da Casa Civil.

Informações dos órgãos de inteligência do governo que chegaram aos militares — inclusive àqueles situados no comando das Forças Armadas, e não somente no Planalto —, e foram levadas ao presidente, mostraram haver motivos mais graves e de potencial explosivo na origem da demissão do funcionário e da intervenção na Casa Civil. Oficialmente justificada pelo uso irregular, por Santini, de uma aeronave da FAB, a reação de Bolsonaro teve antes de tudo, segundo relatos de interlocutores militares, o propósito de afastar de seu entorno o risco de denúncias de corrupção.

Antes de seguir para a Índia e, portanto, do episódio do avião que acabou sendo o pretexto, Bolsonaro fora avisado que Santini estaria atuando para facilitar audiências na presidência da República e nomeações para cargos no governo, com foco especial no âmbito do PPI, o Programa de Parcerias e Investimentos, e nos Ministérios da Educação e da Integração Regional. A abertura da atividade de mineração em terras indígenas também era outro assunto constante na agenda da Casa Civil. Não por foi acaso, nem num gesto impensado, portanto, que Bolsonaro retirou o PPI de Onyx Lorenzoni, transferindo-o ao Ministério da Economia.

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O interesse na exploração de terras indígenas já fora pano de fundo de outra crise no Planalto, que resultou na demissão do general Maynard Santa Rosa da Secretaria de Assuntos Estratégicos, em novembro passado. Ele tratava do tema e era visto na Casa Civil como obstáculo ao avanço desse processo.

Os militares, que vêm perdendo de goleada para a chamada ala ideológica do governo, inclusive com a demissão de outros palacianos, como Santos Cruz e Floriano Peixoto, têm dado, internamente, seguidos sinais de preocupação com os rumos do governo. Também estão defendendo a substituição de Abraham Weintraub na Educação.

Helena Chagas e Lydia Medeiros são jornalistas e editoras do relatório semanal #TAG REPORT

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