Por exatos 33 dias, segundo portaria assinada pelo ex-juiz Sérgio Moro, ministro da Justiça e da Segurança Pública, a Força Nacional poderá intervir na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, para prevenir qualquer desordem.
Esta semana são esperados na cidade cerca de 5 mil a 8 mil índios para seu encontro anual onde discutem suas reinvindicações e pressionam o governo e o Congresso para que as atendam. Deverão ficar acampados na Esplanada dos Ministérios.
O governo não gasta um tostão com o encontro, financiado por Organizações Não Governamentais (ONGs) e contribuições de particulares. Os índios jamais promoveram um ato de desordem. Mas o governo do capitão Bolsonaro os teme e não gosta deles.
Bolsonaro já disse que não fará nenhuma demarcação de terras indígenas. E que está disposto a rever demarcações que possam ser revistas. Defende a exploração das reservas por empresas de mineração. Índio bom para ele é índio assimilado pelos brancos.
Há ministros próximos do capitão que querem acabar com manifestações na Esplanada. Alegam razões de segurança nacional. Argumentam que grandes manifestações são proibidas em frente à Casa Branca, em Washington. Bolsonaro concorda com eles.