Todo dia, do anuncia da intervenção federal no Rio de Janeiro para cá, Rodrigo Maia (DEM-RJ), presidente da Câmara dos Deputados, atira no presidente Michel Temer, que lhe tomou a bandeira de luta em favor da ordem pública.
O primeiro tiro foi disparado tão logo Maia soube da intervenção por meio de jornalistas. “É um salto triplo carpado sem rede de segurança”, ele disse. Como não podia ficar contra, votou a favor e faturou junto aos eleitores do seu Estado.
No dia seguinte, novo tiro. Desta vez atingiu o pacote de velhas medidas econômicas anunciado pelo governo uma vez que a reforma da Previdência Social fora para o brejo. “Não passa de café requentado, frio. Quem diz o que pode ser votado na Câmara sou eu”, atirou.
Ontem, mais dois tiros. Maia revelou que Temer o consultara sobre a criação de um novo imposto para bancar com despesas de segurança pública, e que ele fora contra. E disse que a privatização da Eletrobras não será aprovada porque o governo carece de votos para tanto
Cuide-se Temer porque mais tiros virão. Maia prepara com todo o cuidado o discurso que fará em breve quando seu o partido o indicar como candidato à sucessão de Temer. Não será uma candidatura para valer. Mas valerá para que ele se reeleja deputado e presidente da Câmara.